O Brasil está pronto para colaborar e ser parceiro estratégico na segurança alimentar da China, que não consegue atender à demanda de seus 1,4 bilhão de habitantes, disse hoje a senadora Kátia Abreu (PP), durante o Brazil China Meeting, fórum de debates promovido pelo Valor e o LIDE, que começou na manhã desta quarta-feira, em Shenzhen.
Acompanhado com atenção, principalmente pelos executivos e autoridades da China, o painel que abordou o Agronegócio tratou, ainda, da importância das agroflorestas, do uso do hidrogênio verde e de opções de energias limpas, como o etanol de milho.
O ex-secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e presidente do LIDE Agro, Francisco Maturro, lembrou que só um país tropical como o Brasil pode ter cinco safras por ano.
Os debatedores apontaram problemas de gargalos, como é o caso da logística. Maturro demonstrou, no entanto, maior preocupação com a armazenagem. Segundo ele, o déficit de armazenagem no setor no Brasil hoje chega a 124 milhões de toneladas.
O painel também abordou a questão do impacto climático, o que inclui a necessidade de chamar a atenção de países historicamente responsáveis pelo aquecimento global. “Existem responsabilidades históricas, mas muitos países não querem falar no assunto”, disse Kátia Abreu.