Acompanhamento abrangendo 15 anos de exportações – 2007 a 2021 – aponta que é no mês de janeiro que ocorrem os menores embarques de carne de frango. Na média desses 15 anos, o volume registrado em janeiro correspondeu a 7,23% do total anual, enquanto o recorde ocorreu no mês de julho, com 9,06% dos embarques anuais.
Naturalmente, as exportações não têm desempenho matemático: dependem de momentos, sobretudo econômicos. Mas supondo-se que em 2022 acompanhem a média dos últimos 15 anos, os resultados mensais serão, aproximadamente, aqueles projetados no gráfico abaixo.
A projeção está restrita à carne de frango in natura – cortes e produto inteiro. E indica, para o ano, volume próximo dos 4,4 milhões de toneladas, cerca de 3,5% a mais que o exportado em 2021.
Mas se forem considerados, também, os embarques da carne de frango salgada e dos industrializados de frango, o total anual pode chegar e até ultrapassar os 4,650 milhões de toneladas, já que o produto in natura corresponde (média de 2021) a 94% dos embarques do setor. Neste caso, o aumento anual – considerados os quatro principais itens exportados – seria superior a 4%.
É interessante notar que o volume embarcado no mês passado – 317,7 mil toneladas de produto in natura – correspondeu ao segundo melhor resultado já registrado em um mês de janeiro. Se o bom desempenho se mantiver, os números ora projetados podem até ser superados. Os problemas – sobretudo sanitários – enfrentados por outros países exportadores apontam nessa direção.