É possível que a China volte a estar mais presente no mercado a partir de março, segundo especialista.
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Camex) do Governo Federal, divulgadas nesta segunda-feira (1) os resultados das exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada nos dias 22 úteis de janeiro mostram queda na última semana do mês e também recuo em relação a janeiro de 2020.
A receita obtida com as exportações de carne bovina nos 22 dias úteis de janeiro de 2021, US$ 484.060,379, representam 86,07% do total obtido em todo o mês de janeiro de 2020, US$ 562.383,778. No caso do volume embarcado, as 107.327,448 toneladas são 91,7% do total exportado em janeiro do ano passado, que foi de 116.954,221.
Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, as exportações da proteína foram bem abaixo do que o mercado esperava, o que mostra um sinal de alerta.
“A razão desta queda passa pelo consumo da China, que leva 43% do que o Brasil exporta de carne bovina. O país já estava com estoques formados para o Ano Novo Lunar, que vai de 11 a 27 de fevereiro, e deve ficar ausente das compras até o final deste mês”, apontou.
“Este feriado vai de 11 a 27 de fevereiro, então a partir de março iremos ver com mais clareza como está o andamento dessa recomposição e o quanto isso deve pesar nas exportações brasileiras”, disse.
O faturamento por média diária foi de US$ 24.203,018, quantia 5,32% menor do que janeiro do ano passado. Em comparação à semana anterior, houve retração de 5,28%.
No caso das toneladas por média diária, foram 5.366,372, leve alta de 0,95% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Quando comparado ao resultado para o quesito na semana anterior, observa-se uma diminuição de 5,37%.
Já o preço pago por tonelada, US$ 4.510,126, foi 6,21% menor do que o praticado em janeiro do ano anterior. Em relação ao valor registrado na semana anterior, houve leve aumento de 0,09%.