Preços de alguns cortes bovinos, como a costela, baixaram mais de 5%; já os legumes caíram quase 10%, aponta o Índice de Preços dos Supermercados APAS/FIPE
Novembro registrou queda de preço em cestas de produtos de peso para o consumidor. De acordo com o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), as carnes apresentaram deflação de 0,68% e nos hortifrutigranjeiros a baixa foi ligeiramente menor, de 0,61%. No geral, o IPS registrou aumento de 0,24% no mês.
No caso da proteína animal, novembro foi o segundo período consecutivo de deflação nos preços. “A explicação está no crescimento da oferta do produto no mercado interno e, principalmente, na estabilidade do custo de produção em virtude da acomodação dos valores das commodities internacionais”, explica Diego Pereira, economista-chefe da APAS.
Dentre os 14 cortes bovinos pesquisados pela APAS/FIPE, dez apresentaram deflação em novembro, com destaque para braço (-5,69%), fígado (-5,34%), costela bovina (-5,17) e acém (-3,27%). A cesta de aves deflacionou 1,04 %, mas ainda carrega o ganho de preço acumulado ao longo do ano – 29,51% de janeiro a novembro. O peru deflacionou 12,74 % no acumulado do ano, mas a tendência é de alta nas chamadas aves natalinas devido ao aumento da procura no fim de ano. Algumas delas exibem uma variação ampla de preços, entre 9,87% e 21,68%, no acumulado do ano.
Os hortifrutigranjeiros apresentaram deflação de 0,61% em novembro. No acumulado do ano, os itens registram alta de 1,73%, mas bem abaixo da inflação. Quem ajudou a puxar os preços para baixo foram os legumes, com deflação de 9,26% no mês.
Já os produtos industrializados registraram 0,92% de inflação em novembro e acumulam alta de 12,94% no ano. Parte dessa elevação decorre da valorização do café e dos produtos panificados, ambos pressionados pela redução da oferta internacional do próprio café e do trigo.
Bebidas não alcoólicas apresentaram inflação de 0,94% no mês e de 6,81%, no acumulado do ano. Um dos principais produtos da cesta que contribuíram para a elevação foi o refrigerante, que subiu 1,19% no mês passado. Os preços das bebidas alcoólicas também registraram inflação de 1,66%. O maior peso ficou com a cerveja, que inflacionou 1,99%. No acumulado do ano, as bebidas alcoólicas subiram 2,46%.
A alta dos artigos de higiene e beleza foi de 0,75% em novembro e é de 8,56%, no acumulado do ano. Os principais impactos vieram do sabonete e do papel higiênico, que subiram 1,87% e 1,66%, respectivamente. Os produtos de limpeza foram os que apresentaram maior inflação em novembro, de 2,03%. No acumulado do ano a alta é de 11,26%. Dentro da cesta, o produto com a maior inflação foi o sabão em pó, que subiu 4,06% em novembro.