As importações de soja da China para o ano comercial de 2020/21 devem chegar a 98,6 milhões de toneladas
A China reduziu suas previsões para as importações de soja e demanda doméstica de esmagamento em 2020/21, conforme as margens de esmagamento fracas restringiram os interesses de compra e o uso de farelo de soja na ração diminuíram, conforme mostrou a atualização mensal das Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola da China (Casde). Os dados foram divulgados pela TF Agroeconômica.
As importações de soja da China para o ano comercial de 2020/21 devem chegar a 98,6 milhões de toneladas, uma queda de 1,84 milhões de toneladas em relação aos 100,44 milhões de toneladas estimadas no mês anterior. “O principal motivo é que as margens de esmagamento vêm diminuindo desde julho. Os volumes de esmagamento também caíram, enquanto o estoque de soja importada aumentou para o nível mais alto este ano”, disse o relatório.
Em relação ao óleo de soja, houve redução recente de consumo para o biodiesel apresentada pelo USDA na quinta (12), onde o órgão afirma que a perspectiva de 2021-22 para o fornecimento e uso de soja nos EUA é para estoques iniciais mais altos e produção, esmagamento e exportações mais baixas. “O USDA agora estima o uso de óleo de soja em 2020-21 para biodiesel em 9,1 bilhões de libras, abaixo da estimativa de 9,3 bilhões de libras feita no WASDE de julho. A previsão de 2021-22 para o uso de óleo de soja na produção de biocombustíveis é agora de 11,5 bilhões de libras, abaixo da previsão de julho de 12 bilhões de libras”, completa a TF.
No mercado interno, foram vistas compras menores de farelo, mas óleo com boa demanda. “A semana apresentou duas tonalidades de comercialização para o farelo de soja, em que, após o relatório WASDE, esmagadoras precificaram o derivado cerca de R$ 30,00 a R$ 50,00 acima das pedidas de quarta-feira. De forma geral, o farelo paranaense se encontra em preços que vão de R$ 2.230,00 até R$ 2.420,00, dependendo da região”, conclui.