A China liberou, nesta segunda-feira (26), a entrada no país de toda a carne bovina brasileira produzida até 22 de fevereiro deste ano, um dia antes de o Brasil suspender a produção e exportação do produto ao cliente asiático devido à identificação de um caso atípico do mal da vaca louca em um animal de nove anos de idade em uma propriedade rural do Pará.
Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, a estimativa é que seja liberada a exportação de um estoque de 40 mil toneladas de carne bovina, o equivalente a negócios de US$ 1 bilhão.
No fim de abril, a Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) já havia liberado a exportação de estoques de carne bovina produzida no Brasil antes do dia 21 de fevereiro, mas mantinha o veto à entrada dos itens produzidos nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro, bem como aqueles embarcados após o dia 23 de fevereiro.
De acordo com Perosa, a autorização, na época, beneficiou a exportação de cerca de 10 mil toneladas da proteína brasileira, mas a maior parte da carne estocada só recebeu o sinal verde dos chineses com a decisão desta segunda-feira.
O Brasil ficou sem exportar para a China durante 29 dias, entre 21 de fevereiro e 23 de março deste ano, por conta do caso atípico do mal da vaca louca.