Desta vez – mostram dados da FAO – nem a carne suína escapou da queda de preço que há meses afeta as carnes bovina e de frango. Após seis meses consecutivos de valorização, em agosto a carne suína viu seu preço no mercado internacional retroceder quase 4% em relação ao mês anterior.
Foi o maior índice de baixa do mês, o que não significa que as outras duas carnes tenham tido melhor sorte: o preço da carne de frango recuou 3,8% e o da carne bovina pouco mais de 1%, resultados que levaram as carnes a fecharem agosto com preços em torno de 115 pontos, índice que representa valorização de não mais que 15% em relação aos valores registrados no triênio 2014/2016, base da FAO para o atual acompanhamento de preços.
De toda forma, nesse agora “embolado meio de campo”, a carne suína vem se saindo melhor. Pois, a despeito do retrocesso em agosto, seu preço no mês ficou 9% acima do registrado um ano antes, enquanto a carne bovina foi depreciada em quase 9% e a carne de frango em, praticamente, 12%.
Apontando as razões para o fraco desempenho das três carnes em agosto, a FAO explica:
- Carne suína: caiu a demanda por parte dos principais importadores, ao mesmo tempo que aumentaram as disponibilidades por parte dos exportadores europeus, afetados por limitações nas vendas internas.
- Carne de frango: a oferta – especialmente a do Brasil – foi abundante e permaneceu acima da procura. Isto, a despeito do aumento da demanda por grandes importadores da Asia Oriental e do Oriente Médio.
- Carne bovina: ainda que a queda de preço tenha sido moderada, a oferta de bovinos prontos para o abate permaneceu elevada nos principais países produtores, enquanto a demanda continuou fraca, especialmente no Norte da Ásia.