Demanda relacionada às exportações e também aquecimento do mercado doméstico mantém preços em alta.
O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com preços mais altos ontem, quinta-feira (10). De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por novos reajustes no curto prazo, considerando a atual posição das escalas de abate, entre cinco e seis dias úteis na média nacional.
“Soma-se a isso a demanda aquecida presente no mercado, em especial a demanda relacionada às exportações. O mercado doméstico também conta com seus predicados, considerando uma boa demanda durante a primeira quinzena do mês, somado ao feriado prolongado na próxima semana, que motivará a reposição ao longo da cadeia produtiva”, diz.
Média da arroba do boi (a prazo)
São Paulo: R$ 328,42, contra R$ 327,58 de ontem
Goiás: R$ 320,71, ante R$ 327,75 na quarta
Minas Gerais: R$ 320,88, anteriormente estava R$ 320,29
Mato Grosso do Sul: R$ 321,93, contra R$ 321,36 ontem
Mato Grosso: R$ 324,66, ante R$ 321,49 na quarta
Mercado atacadista
O mercado atacadista confirmou as expectativas e apresenta alta generalizada dos preços. Segundo Iglesias, o movimento se mostrou mais consistente no dianteiro bovino.
“A expectativa é de continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com boa propensão a reajustes no curto prazo, ainda considerando os efeitos da entrada dos salários na economia, somado ao adicional de consumo antecipado para o feriado prolongado”, assinalou.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 20,00, por quilo, alta de R$ 1,00. Já o quarto traseiro segue a R$ 26,00, enquanto a ponta de agulha ainda é cotada a R$ 18,00 por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,91%, sendo negociado a R$ 5,8978 para venda e a R$ 5,8958 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,8234 e a máxima de R$ 5,9554.