Nas projeções da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (SPA/MAPA), em 2034 o Brasil estará exportando perto de 12,7 milhões de toneladas das carnes bovina, suína e de frango, volume quase 28% superior ao que vem sendo estimado para o corrente exercício. Tal volume deve corresponder a pouco mais de 33% da produção total das três carnes.
De toda forma, a participação atual não é muito diferente. Para a SPA/MAPA, as exportações de 2024, pouco superiores a 9,9 milhões de toneladas, devem corresponder a pouco mais de 32% da produção total das carnes bovina, suína e de frango. Assim, o aumento de participação estimado para daqui a uma década deve ficar próximo de 5%.
O que muda significativamente no caso é o percentual de carne bovina destinada ao mercado externo. Neste ano deve corresponder a, aproximadamente, 35% da produção total; em 2034 pode representar mais de 40% da produção prevista, um aumento de 15%. Porque, em essência, frente a um incremento de apenas 10% na produção, as exportações crescem 27%.
E como, para a carne suína, o aumento de produção previsto (+27,5%) é ligeiramente maior que o apontado para as exportações (+22,5%), a participação no total produzido permanece em relativa estabilidade, na faixa dos 22%, mas com redução próxima de 4% em relação a 2024.
Já as tendências de produção e exportação de carne de frango sugerem níveis de incremento muito próximos – de, respectivamente, 28,4% e 29,8%. Uma diferença de apenas 1,4 ponto percentual, que fará com que a participação das exportações na produção total aumentem não mais que 1%.
Oportuno lembrar que tais projeções têm por base o desempenho mais recente nas exportações das três carnes. Em decorrência, a participação de cada carne no total exportado permanece praticamente inalterada, carne de frango respondendo por 51%-52% do volume total exportado, a bovina por 36% e a suína por 12%.