Influenciados, muito mais, pelo mercado externo do que pelo interno, frango, boi e suíno vivos encerram fevereiro com valorização em relação a janeiro passado e, com certeza, em índices superiores aos da inflação que (tendo por base o IPCA-15, de 0,48% no mês) deve registrar o maior valor desde 2017 para um mês de fevereiro.
No tocante às duas principais matérias-primas do setor, apenas o milho registrou brevíssima retração (inferior a meio por cento). Mas isso em nada alterou o peso que vem exercendo sobre o setor, pois os aumentos superiores a 60% (em relação a fevereiro de 2020 e ao primeiro bimestre de 2020) continuam superando – e muitíssimo – os aparentes ganhos obtidos na produção animal, principalmente os do frango e do suíno, os mais dependentes do grão.
Porém, o que mais chama a atenção é o farelo de soja, cujos preços mais do que dobraram. Quase 120% a mais que em fevereiro de 2020 e perto de 115% no primeiro bimestre do ano.
Não é por menos que já se fala em redução da produção. Sujeito a tais condições há mais de ano, o produtor do frango vem perdendo o fôlego. No curto ou médio prazo isso pode implicar em redução da oferta.
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