Operando em mercado fraco no bimestre abril/maio (tanto que o período ficou marcado pelos preços mais baixos do semestre), o frango vivo surpreendeu em junho corrente porque voltou a ser demandado – mas só na segunda quinzena do mês, período em que, normalmente, enfrenta baixa procura e queda nas cotações. Como resultado, após dois meses consecutivos de retração, voltou a ser comercializado por valor superior ao do mês anterior e ganho mensal próximo de 2%.
Melhor, porém, continua sendo o desempenho do suíno, em alta nos dois últimos meses. Em decorrência, chega ao sexto mês de 2024 com ganho de quase 3% sobre o mês anterior e a melhor cotação dos primeiros seis meses do corrente exercício.
Nada disso, no entanto, se aplica ao boi em pé. Pois, contrariamente ao frango e ao suíno, vem num decrescer contínuo de preço. A ponto de encerrar o semestre com valor médio que corresponde não só à menor cotação do ano, mas também à terceira menor dos últimos quatro anos.
Embora o retrocesso do boi no mês não seja expressivo (queda de 2,79%), ganha significado em relação aos preços de um ano atrás (redução de 11,33%) e, ainda mais, na média dos seis primeiros meses de 2024 (15,56% a menos que no mesmo semestre de 2023.
Sob este último aspecto, o suíno também completa o semestre com resultado negativo em relação ao ano passado. Mas com retrocesso bem inferior ao do boi, visto que seus preços atuais se encontram apenas 2,3% abaixo dos registrados em idêntico período de 2023. De toda forma, ao alcançar no mês a melhor cotação de 2024, o suíno registra, também, ganho de mais de 15% sobre junho do ano passado.
Ganho? Esse, com certeza, não é o termo mais adequado. Pois um ano atrás, neste mesmo mês, o suíno vivo registrava a menor cotação de 2023. Ou seja, o que ocorre é apenas reposição, por ora ainda parcial.
A mesma situação, por sinal, se aplica ao frango vivo. Que, em relação a junho de 2023, alcança neste ano valor mais de 10% superior. Mas aqui também não se trata de valorização, já que um ano atrás o preço obtido pelo frango vivo retrocedeu a valor que não era registrado desde março de 2021.