Embora o segundo semestre tenha sido bem desafiador para os pecuaristas na comercialização do boi vivo, o ano terminou sendo positivo em relação aos anos anteriores. O mais importante para o setor foi conseguir acompanhar a alta verificada no custo de produção desde meados de 2020.
Na maior parte do primeiro semestre os pecuaristas conseguiram comercializar o ruminante bem acima dos valores recebidos no mesmo período de 2021 e 2022. Aliás, alcançando novo patamar recorde no decorrer de março. Porém, no restante do ano, não conseguiram apresentar bom desempenho, nem mesmo no período das festas de fim de ano, diferente do ocorrido em 2021.
O corolário é que os preços mais elevados do primeiro semestre culminaram num valor médio de R$314,99 na comercialização da arroba do boi gordo em 2022, significando incremento de 2,5% em relação a 2021. Mesmo com os pecuaristas alcançando apenas 15 reajustes no decorrer do ano e absorvendo 27 baixas.
Fator importante para esse desempenho positivo foi o grande avanço verificado nas exportações de carne bovina que mostraram grande evolução no decorrer do ano e, com isso, contribuiram para deixar o mercado interno mais ajustado à demanda mais contida. Mas, com isso, é certo que a carne bovina perdeu espaço no mercado doméstico para outras proteínas de menor valor.