Considerado apenas o produto in natura, as três principais carnes exportadas pelo Brasil encerraram 2024 com volume mensal menor que o registrado um ano antes. O maior recuo (redução superior a 5%) foi o da carne de frango, vindo a seguir a carne bovina (-2,82%) e, por último, a carne suína (-1,73%).
Porém, contraditoriamente (ou, eventualmente, por decorrência), o preço médio registrado pelas três carnes foi superior ao de dezembro de 2023. Assim, o da carne suína registrou aumento de 13,5%, o da carne bovina de quase 9% e o da carne de frango de 7,5%.
Tais desempenhos neutralizaram a queda de volume e, assim, a receita cambial do mês foi positiva (+5,03%) em relação à alcançada um ano antes. Neste caso, o maior aumento (+11,57%) recaiu sobre a carne suína, vindo a seguir a carne bovina (+5,84%) e, por fim, a carne de frango (+2,13%).
A despeito do fraco desempenho mensal, o volume acumulado no ano pelas três carnes aumentou, praticamente, 10%. E, neste caso, a maior contribuição veio da carne bovina, cujo volume foi mais de um quarto superior ao de 2023. O da carne suína aumentou 8,54% e o da carne de frango 3,21%.
A recuperação de preços observada nos últimos meses de 2024 não impediu que as três carnes fechassem 2024 com preços médios inferiores aos de 2023.
De toda forma, a significativa expansão no volume garantiu um também significativo incremento na receita: ela aumentou quase 12% em relação a 2023, superando os US$23,5 bilhões. Graças, principalmente, à carne bovina, cuja receita aumentou perto de 23%. A da carne suína registrou incremento de 7,64% e a da carne de frango teve expansão mais moderada, de 1,31%.
A ressaltar, ainda, que as três carnes registraram recorde de volume em 2024. Porém, no tocante à receita cambial, os recordes ficaram restritos às carnes de frango e suína, pois a receita da carne bovina ficou pouco mais de 1% aquém dos US$11,8 bilhões alcançados dois anos antes, em 2022.