À primeira vista o mês de junho foi negativo para as exportações de carnes, pois as três embarcaram volume inferior ao de um ano atrás. No entanto, o que pesou nas reduções observadas foi o mês mais curto, com um dia útil a menos que junho de 2023. Fato que devidamente considerado indica certa estabilidade nos embarques efetivados.
Assim, o que continua pesando negativamente sobre as exportações de carnes é o preço médio, significativamente menor que o de um ano atrás. Comparativamente aos de junho de 2023 eles registraram redução que variou desde 7,65% (carne suína) até 12,29% (carne bovina). A queda no preço da carne de frango ficou, praticamente, na média dessas duas reduções (-9,43%).
Como resultado, a receita cambial das carnes in natura no mês, pouco superior a US$1,8 bilhão, apresentou retração anual próxima de 12%.
Completado o primeiro semestre de 2024, o volume de carnes exportadas ficou quase 6% acima do registrado nos mesmos seis meses do ano passado. Esse ganho, no entanto, foi garantido apenas pela carne bovina (aumento de volume próximo de 30%), pois os embarques de carne suína permaneceram em relativa estabilidade (aumento de apenas 0,65%), enquanto os de carne de frango recuaram 1,25%.
Inferior ao de um ano atrás e registrando quedas que variaram desde 6,25% (carne de frango) até 10,71% (carne bovina), o preço médio das três carnes foi inferior ao do ano passado. Ainda assim, graças ao excepcional volume de carne bovina exportado, a receita cambial do setor fechou o semestre com ganho anual de quase 2%. Isto, claro, em função do aumento de mais de 18% na receita da carne bovina, porquanto as carnes de frango e suína encerraram a primeira metade de 2024 com receita 10,19% e 8,57% menor que a de um ano atrás.