A continuidade do embargo chinês à carne bovina já antecipava que as exportações brasileiras de carnes apresentariam fraco resultado em novembro. O que não se esperava, porém, era um desempenho mais fraco das outras duas carnes – a suína e a de frango. Em consequência, volume total e receita cambial do mês que passou registraram recuo de quase 20% em relação a novembro de 2020.
Não havia como impedir uma forte queda nos embarques de carne bovina. Efetivamente, eles recuaram mais de 50% em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo atenuados, apenas, pela valorização de 11,81% no preço médio. Mas isso, ainda assim, não impediu queda na receita cambial, que sofreu recuo anual de quase 46%.
Pelo menos em termos de preço, a carne suína já não vinha bem. Mas mantinha aumento de volume, o que não ocorreu em novembro. O total embarcado ficou quase 8% aquém do registrado um ano atrás, resultado que, combinado a uma queda de 8,84% no preço médio , implicou em uma redução de, aproximadamente, 16% na receita cambial do produto.
Só a carne de frango escapou. Mas sem alcançar os resultados que vinham sendo projetados até meados de novembro. O volume embarcado, por exemplo, em vez de aumentar, sofreu redução (5,63% a menos) em comparação ao mesmo mês de 2020.
Felizmente, porém, o preço médio prosseguiu em valorização: aumentou, praticamente, 35% em relação ao que foi praticado um ano atrás. E isso resultou em uma receita cambial 27,38% superior à de novembro de 2020.
Isso, porém, não foi suficiente para impedir o recuo na receita cambial das três carnes, que recuou ao menor nível dos últimos nove meses e apresentou queda de 18,53% sobre novembro de 2020.