O décimo mês de 2023 foi, sem dúvida, um dos piores do ano para as exportações das carnes bovina, suína e de frango, pois embora o volume das três tenha permanecido praticamente estável (aumento de 0,31%, perto de 2 mil toneladas a mais), a receita cambial recuou quase 18% em relação a outubro de 2022.
Porém, quem atuou para que o volume embarcado não ficasse negativo foi apenas a carne de frango, cujos embarques, mesmo visivelmente aquém do que vinha sendo projetado até meados do mês, aumentaram 3,25%, neutralizando a queda de 1,2º% da carne bovina e de 8,36% da carne suína.
Mas da queda de preço ninguém escapou. E a carne mais afetada continuou sendo a bovina, visto que seu preço em outubro ficou 21,38% abaixo do registrado um ano antes. A redução no preço da carne de frango ficou próxima de 15%, enquanto a da carne suína atingiu pouco mais da metade desse índice, 7,52%.
O efeito final, obviamente, foi a redução generalizada na receita cambial. E a queda só não superou os 17,75% porque este último outubro teve dois dias úteis a mais que outubro de 2022. Ou seja: pelos embarques diários de um e outro mês, esse índice foi superado.
Novamente, foi a carne de frango quem mais contribuiu para que o índice de redução não fosse ainda maior, pois sua receita recuou perto de 12%, menos que a da carne suína (-15,25%) e quase a metade do recuo da carne bovina (-23,38%).