Comparativamente a agosto passado (quando, puxado pela carne de frango, o volume exportado das carnes bovina, suína e de frango apresentou resultado negativo, recuando mais de 1% em relação ao mesmo mês de 2023), os resultados de setembro último podem ser considerados excepcionais, pois o volume total embarcado foi um quinto maior (21,71%) que o de um ano antes.
O melhor desempenho, no caso, continuou sendo o da carne bovina, cujo volume registrou em setembro aumento anual de 29%. Mas a recomposição da carne de frango também foi significativa, pois o volume exportado no mês aumentou 21% em relação a setembro/23. A carne suína, por fim, registrou aumento nada desprezível, com incremento de, praticamente, 9,5% sobre o mesmo mês do ano passado.
Em decorrência, as três carnes, pela primeira vez no ano, fecharam os primeiros nove meses de 2024 com resultado positivo em relação a idêntico período de 2023, o aumento mais significativo (quase 30% a mais) permanecendo com a carne bovina. O volume de carne suína é, agora, quase 5,5%, enquanto o de carne de frango registra evolução anual próxima de 1%.
Seguiu negativo no mês apenas o preço obtido pela carne bovina (valor 1,7% menor que em setembro/23). Porém, no acumulado do ano, a inferioridade de preço continua afetando as três carnes – de toda forma, em índices menores que em meses anteriores, o que pode conduzir a alguma reversão neste trimestre final de 2024.
Em função dos expressivos volumes registrados no mês, as três carnes fecharam setembro com significativo aumento anual na receita cambial – de quase 28,5% a carne bovina; de, aproximadamente, 31% a carne de frango; e de perto de 18% a carne suína.
Mas enquanto a carne suína reverteu a queda de meses anteriores e agora chega a um acumulado 0,26% superior, a carne de frango continuou com receita inferior à dos nove primeiros meses de 2023 (-3,64%). A carne bovina, naturalmente, seguiu com receita cambial superior (+21,41%), contribuindo para que a receita das carnes complete três quartos do ano com aumento anual próximo de 8%.