Apenas a carne bovina iniciou agosto com resultados negativos no volume embarcado. Nos primeiros cinco dias do mês as exportações do produto apresentaram decréscimo de 4,56% sobre a média diária de agosto de 2021. Mas como este mês tem um dia útil a mais, a projeção para os 23 dias úteis de agosto sinaliza embarques de pouco mais de 181 mil toneladas, praticamente o mesmo volume registrado em agosto de 2022.
De toda forma, o preço médio – embora 4,61% inferior ao de um mês atrás – continua cerca de 10% acima do registrado em agosto de 2021. Com isso, a receita cambial da carne bovina in natura projeta para a totalidade do mês receita em torno de 10% superior à de um ano atrás – cerca de US$1,130 bilhão.
A carne de frango, por seu turno, iniciou o mês com um volume médio diário quase um terço maior que o de agosto de 2021. Assim projeta, por ora, o maior volume da história – mais de 484 mil toneladas, 38% de evolução anual. Mas essa é uma projeção que tende a se diluir com o avançar do mês.
De toda forma, como o preço médio da carne de frango in natura permanece mais de 20% acima do obtido há um ano, a projeção para a totalidade do mês é a de uma valorização anual de 67% na receita cambial e um valor – recorde – superior a US$1 bilhão.
A carne suína, por fim, reverte tendências anteriores e apresenta, no momento, incremento de 15,68% nos embarques médios diários. Tende, por isso, a um total mensal mais de 20% superior ao de agosto de 2021 – algo próximo das 100 mil toneladas no mês.
Como, porém, o avanço no volume ainda não se estendeu ao preço médio – por ora, 1,3% inferior ao de um ano atrás – a expansão na receita será mais moderada, ainda assim positiva em relação a agosto de 2021, algo que não era observado desde o início do ano. O previsto, por ora, é um avanço próximo de 20% e um valor mensal em torno de US$233 milhões, melhor resultado dos últimos 10 meses.