Com aumentos de produtividade e aceleração do progresso genético, cenário nacional é de crescimento nos setores de leite e carne bovinos.
O dia 15 de julho marca o Dia do Pecuarista, uma data reservada para se ressaltar a importância não só de um setor que movimenta a economia e traz prosperidade mas, principalmente, dos produtores rurais que são a força por trás desse desenvolvimento.
Seja na produção de carne, seja na de leite, o cenário da pecuária nacional é cada vez mais influenciado pela presença de novas tecnologias, bem como aquelas já familiares para os produtores. São ferramentas que maximizam a produtividade e a rentabilidade, dentro e fora da porteira.
Entre elas, a genética ocupa lugar de destaque. Além de melhorar diretamente todo o sistema produtivo, a genética é vista como o único insumo que, uma vez adquirido, exerce efeito permanente sobre os rebanhos, conforme explica o Gerente Técnico e Ferramentas Genéticas Corte da ABS, Cristiano Ribeiro.
“Hoje, vivemos um fenômeno que está transformando o que significa ser pecuarista. As tecnologias ligadas à genética estão cada vez mais acessíveis – tanto o pequeno quanto o grande produtor podem escolher entre estratégias capazes de potencializar os ganhos”, diz.
“O cliente ABS, por exemplo, tem acesso a diversos produtos – dos embriões ABS NEO à genética sexada Sexcel, são muitos os caminhos que levam ao melhoramento genético e à produtividade como um todo”, detalha o gerente.
Para Cristiano, outro aspecto que chama a atenção é a capacidade que a genética tem de reduzir o tempo necessário para se obter resultados. “Além do seu efeito permanente, geração após geração, a genética também acelera a obtenção de resultados. Esse é um fator que faz uma diferença significativa no dia a dia das fazendas”, comenta.
No setor leiteiro, a realidade é semelhante. O Gerente Técnico e Ferramentas Genéticas Leite da ABS, Diego Almeida, ressalta o papel da tecnologia aplicada à genética na cadeia produtiva, que está levando a ganhos em todos os sentidos.
“Por exemplo, o uso da inseminação artificial tornou-se ainda melhor para o produtor leiteiro com a introdução da genética sexada. Muitos produtores em todo o mundo já conhecem os resultados do Sexcel, da ABS – com ele, o pecuarista passa a ter um número muito maior de fêmeas, uma vantagem enorme para rebanhos leiteiros”, avalia.
“Além disso, a utilização da FIV e dos embriões acelera o progresso genético dos rebanhos de forma muito rápida, o que garante ao produtor o retorno ágil dos seus investimentos. Hoje, a tecnologia e a genética são partes absolutamente indispensáveis da pecuária leiteira”, reforça Diego.
Liderança. O Brasil é uma referência mundial na produção de carne e leite bovinos – e o mérito dessa conquista é do produtor rural. Temos o segundo maior rebanho bovino de corte do mundo, apenas atrás da Índia. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil possuía, em 2019, 244 milhões de cabeças de gado, entre o total global de 987 milhões.
Em outras palavras, 24,7% de todos os bovinos de corte do mundo estão no nosso país. No mesmo ano, o Brasil produziu mais de 10,2 milhões de toneladas de carne bovina (a segunda maior produção do mundo, atrás dos EUA).
Em relação ao leite, os números também impressionam. Em 2019, o Brasil produziu 34,8 bilhões de litros de leite, e o setor leiteiro é o que mais gera empregos em todo o país – mais de 4 milhões de brasileiros atuam em alguma etapa da cadeia produtiva do leite, de acordo com o Ministério do Trabalho.
Com o avanço da genética, as vacas mais produtivas do país superam os 100 litros diários. O leite também representa em torno de 24% do VBP (Valor de Produção Agropecuária), segundo a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) – a segunda maior parcela, atrás apenas da carne bovina.