Em sua 18ª edição, o Grupo Gerar Corte iniciou na terça-feira (1/8), em Porto Alegre, a primeira de seis reuniões que acontecerão pelo Brasil. Participaram do encontro o mentor do Grupo, José Luis Vasconcelos, o professor Zequinha, da Unesp/Botucatu e o pesquisador na área de economia e proteína animal do CEPEA e professor da UNESP/Botucatu (SP) Thiago Bernardino.
De um total de 1,4 milhão de dados coletados em todo o Brasil o Rio Grande do Sul representa 12% das informações em Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) coletadas pelo GERAR. A média de prenhez regional na última estação de monta foi de 54%. A pecuária tem papel preponderante no PIB do estado gaúcho e a geografia local tem suas peculiaridades em termos de raça e forma de produzir carne, que tem excelente qualidade.
De acordo com o, Gerente de Produtos da Linha Reprodutiva da Zoetis, Rafael Moreira, o GRUPO GERAR trabalha com o compromisso de estudar dados de todo o Brasil e buscar soluções foram alvos de estudos técnicos e comprovados em aplicações práticas, ou seja, com validações para poder se usar no dia-dia do campo. “São premissas que geram grande segurança na utilização das tecnologias de reprodução, favorecendo a busca pela maior eficiência reprodutiva do rebanho e, consequentemente, trazendo aumento de produtividade”, observa Moreira.
“A cada encontro anual dos técnicos do GERAR, conseguimos fortalecer o nosso conhecimento sobre biotecnologias reprodutivas, o que certamente se traduz em melhorias dos resultados das técnicas de manejo aplicadas na estação de monta seguinte”, diz o professor Zequinha, responsável pelas análises dos dados coletados a campo pelos técnicos do grupo.
Desafios e oportunidades
Traçando um panorama dos principais desafios, oportunidades e tendências do setor para os próximos anos, Thiago Bernardino falou sobre como estar pronto para o mercado pecuário dos próximos anos. “A pecuária de 2030 é hoje. É hoje que vou definir como quero chegar em 2030”, disse.
Para tanto, o especialista listou uma série de fatores ligados à gestão do negócio, que, de acordo com ele, necessitam de uma mudança de paradigma do pecuarista, como controle de custos e gestão comercial, financeira, de pessoas, ambiental e de risco. “Produtor tem de tomar decisão baseado em dados. Quem faz isso prevendo o valor da arroba em achismo, dificilmente se mantém na atividade”, explicou.
O grupo discutiu dados e tecnologias que podem aumentar a eficiência da IATF, junto aos médicos-veterinários e pecuaristas presentes no encontro em Porto Alegre.
“Mais do que um grande banco de dados, o Gerar é um grupo que reúne importantes médicos-veterinários e pecuaristas de todo o Brasil para discutir melhorias na eficiência da IATF e melhores práticas para reprodução aplicada no campo. Todo o conhecimento organizado e trocado resulta em evoluções para a pecuária nacional”, destaca Rafael Moreira, da Zoetis.