Em fevereiro o Brasil exportou 15% a mais de carnes in natura que um ano antes, graças principalmente ao desempenho da carne bovina, cujo volume no mês registrou aumento anual de quase 42%. Foi significativo, também (+20,88%), o aumento de volume da carne suína, enquanto a carne de frango apresentou desempenho bem mais modesto, não chegando a 5% o aumento de volume do produto.
As três carnes continuaram com preços negativos em relação a 2023. E os mais fracos resultados foram registrados pelas carnes suína e de frango, ambas alcançando preços mais de 8% inferiores aos de fevereiro de 2023. No entanto, o recuo da carne bovina não ficou muito atrás: redução de quase 7%.
Graças ao expressivo aumento no volume, essas perdas acabaram neutralizadas pelas carnes bovina e suína na receita cambial – a primeira com aumento anual de 32%, a segunda com aumento de quase 11%. Já a carne de frango fechou o mês com um recuo de mais de 4% na receita cambial.
As perdas da carne de frango se estendem, agora, ao acumulado no ano (primeiro bimestre de 2024): o volume não apresentou crescimento (aumento de apenas 0,4%) e a receita foi quase 13% inferior.
A carne suína, por seu turno, teve a receita afetada pela perda de preço. Assim, embora o volume embarcado no bimestre tenha aumentado mais de 12%, a receita cambial dele decorrente aumentou menos de 1%.
Em decorrência, o resultado positivo na balança cambial das carnes (aumento de 1,99% no bimestre) vem sendo garantido apenas pela carne bovina, pois é a que enfrenta menor perda de preço (queda de 6,66% no bimestre) e o maior aumento de volume (um quarto a mais que no mesmo período de 2023). Disso resulta uma receita cambial 17,5% superior à acumulada entre janeiro e fevereiro do ano passado.