A Evonik anuncia crescimento de 35% nas vendas de metionina protegida para vacas leiteiras em 2023 na comparação com o ano passado. Com este resultado, a empresa crava que a sua metionina é hoje a que registra maior crescimento de vendas no país. Melhor eficiência produtiva do rebanho, maior rentabilidade para o produtor de leite e menor impacto ambiental da produção são os fatores que levaram ao aumento da procura pelo produto, defende o vice-presidente da Linha de Negócios de Saúde e Nutrição Animal da Evonik para a Região das Américas, Paulo Teixeira.
“O primeiro ponto para esclarecer este crescimento é a convergência do nosso produto com os valores do pecuarista moderno, já que seu modo de ação atende às demandas por rentabilidade e sustentabilidade. O segundo ponto foi a estratégia adotada em 2021 de ampliar o foco de trabalho no segmento de gado leiteiro combinando com um atendimento direcionado a este mercado”, destacou o executivo.
Se a expansão das vendas deste ano são consideradas acima da média do mercado, na comparação com 2021, quando a companhia iniciou este modelo de trabalho direcionado para o setor de gado leiteiro, as vendas mais que dobraram, com alta de 111%, destacou o médico veterinário e diretor Regional de Negócios e Soluções para Ruminantes da Evonik, Tales Lelis.
Teixeira salienta a metionina tem ampliado seu desempenho no mercado brasileiro há dois anos e agora, em 2023, houve um aumento ainda maior e a empresa se prepara para atender a esta demanda. “Inauguramos recentemente uma nova fábrica nos Estados Unidos que vai iniciar a produção de metionina para atender esta demanda crescente”, pontuou.
Diferencial
A metionina é um aminoácido necessário para as vacas. Mas, em sua forma natural, ele é inteiramente degradado pelo rúmen ao ser ingerido, o que impede que o animal receba o nutriente necessário. Por isso, a Evonik desenvolveu uma proteção exclusiva com etil-celulose contra essa degradação que ocorre no ambiente do rúmen. Assim, ela assegura a liberação integral do aminoácido para os animais, explica Lelis. “O Mepron é uma metionina protegida de liberação lenta, garantindo que a vaca tenha um fornecimento constante de metionina ao longo do dia, sem risco de picos de absorção. Essa característica faz com que a vaca receba uma carga adequada de metionina ao longo de todo o dia. Assim, ela está 100% do tempo absorvendo o produto em quantidade necessária”.
Sustentabilidade
Com a redução do uso de proteína bruta em dietas de vacas leiteiras, o uso de aminoácidos contribui com uma melhora da performance do animal e ainda reduz a excreção de nitrogênio no solo, reduzindo assim a contaminação com impacto direto nas pastagens e no lençol freático, explica Teixeira. “Este é um problema mundial. Alguns países já implementaram regras para ampliar o uso de aminoácidos e reduzir a quantidade de proteína bruta em dietas de vacas leiteiras com o objetivo de diminuir o impacto ambiental da produção animal”, disse o executivo.
Lelis destaca que a última versão do livro Exigências Nutricionais de Bovinos Leiteiros, publicado pelo NASEM nos Estados Unidos, em 2021, reforçou a necessidade de suplementar aminoácidos para bovinos leiteiros. “Quando a formulação da dieta atende aos requisitos corretamente, existe uma importante melhora de desempenho da produção.
Investimento em pessoas
Proximidade com universidades para o desenvolvimento de pesquisas, contratação de especialista na área e ampliação do portfólio de soluções para ruminantes fizeram parte da estratégia da Evonik para ganhar mercado. “Nossa expansão passa pela fidelização de clientes. Investimos em uma ampla assessoria de serviços para os clientes, que inclui desde o atendimento na fazenda com suporte em nutrição e saúde animal até os serviços analíticos, que inclui um laboratório moderno para analisar a qualidade dos ingredientes e assim ter maior precisão na formulação da ração. É um trabalho que passa por mais ciência, mais tecnologia no campo e ajuda o produtor a adotar novos conceitos na produção leiteira”, apontou Teixeira.
Uso de tecnologia no campo
O uso de tecnologias no campo tem contribuído não só com melhorias de desempenho do rebanho, levando a melhor rentabilidade do produtor, como também na redução do impacto ambiental da produção, defendeu Lelis mencionando o último levantamento dos Top 100, realizado pelo MilkPoint, que avalia a taxa de crescimento das fazendas do Brasil na comparação com a taxa de crescimento de produção de leite no Brasil. “Este estudo mostrou que o crescimento é maior em fazendas mais tecnificadas. Estamos falando de precisão na formulação de dietas. De ser mais preciso para reduzir custos”.