Através de seu Índice FAO de Preços dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês), a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação mostra que o preço dos alimentos seguiu em alta pelo quarto mês consecutivo, atingindo o maior valor desde junho de 2011, portanto, em mais de uma década.
Em novembro o FFPI atingiu a marca dos 134,4 pontos, ficando 1,6 ponto (quase 1,2%) acima do registrado em outubro passado e 28,9 pontos (27,44%) acima do alcançado em novembro de 2020. No ano, o FFPI acumula variação de 18,37%.
A alta do mês foi determinada, sobretudo, pelos laticínios e pelos cereais, cujos preços ficaram 3,37% e 3,15% mais caros, respectivamente. O preço do açúcar também aumentou, mas em índice mais moderado – +1,39%. Ou seja: recuaram os óleos vegetais (queda de 0,15%) e as carnes (perto de 1% a menos). Estas, pelo quarto mês consecutivo, portanto, em movimento totalmente oposto ao do FFPI.
Em termos anuais os aumentos foram generalizados, sem nenhuma exceção. A maior variação recaiu sobre os óleos vegetais – aumento de 51,46% – vindo na sequência o açúcar (+37,91%), os cereais (+23,65%) e os laticínios (+19,14%). Ou seja: a carnes registraram o menor incremento de preços: +17,64%.