O desempenho apresentado pelas carnes no mercado internacional em março passado foi totalmente diferente daquele registrado um ano atrás, em março de 2022.
Então, o preço da carne suína retrocedia, aproximadamente, ao mesmo valor adotado pela FAO como padrão (2014/2016 = 100 pontos), ficando bem abaixo do preço da carne de frango, cujo preço superava os 112 pontos. Mas a vedete da vez era, mesmo, a carne bovina que, alcançando cerca de 138 pontos, atingia seu maior valor de toda a história.
Um ano depois, só a carne suína registra valorização. E como as carnes bovina e de frango perderam praticamente tudo que haviam conquistado, agora as três obtêm quase a mesma paridade de preços observada no triênio 2014/2016. Ou seja: se ela atrás valiam 100 pontos, agora apresentam pequenos acréscimos, variáveis entre 9% e 13%.
Ainda a mais valorizada em relação ao triênio-base, a carne bovina alcançou em março 113,66 pontos, resultado 2,81% superior ao de fevereiro, mas 17,37% inferior ao de março de 2022. A alta mensal, segundo a FAO, foi influenciada pela elevação dos preços internos nos EUA, onde a oferta de bovinos prontos para o abate tende a ser menor nos próximos meses.
A carne de frango, por seu turno, alcançou em março 111,69 pontos, o que significa que se desvalorizou não só em relação ao mês anterior (redução de quase 1%), mas também em relação a março de 2022 (diferença, a menos, de 0,39%). Isto – lembra a FAO – a despeito dos desafios de oferta causados pela Influenza Aviária em vários grandes exportadores. Porque, em essência, a demanda global vem sendo moderada.
A carne suína, por fim, atingiu 109,28 pontos, valor cerca de meio por cento superior ao do mês anterior e 9,30% maior que o registrado um ano atrás. Neste caso, efeito, combinado, da oferta limitada por parte dos países europeus e do aumento da demanda visando ao consumo da Páscoa.