De acordo com a FAO, seu Índice de Preços da Carne (FMPI na sigla em inglês) permaneceu relativamente estável em fevereiro, pois, mesmo em queda, apresentou redução inferior a 0,1% em relação a janeiro. De toda forma, ficou quase 5% acima do que foi registrado um ano antes, em fevereiro de 2024.
Porém, não se credite essa estabilidade às carnes de frango e suína, que continuaram em queda. Neste caso, o maior recuo (-1,10%) foi o da carne de frango que, mesmo assim, alcançou valor 6,19% superior ao de fevereiro de 2024. Já o recuo mensal da carne suína foi mínimo, inferior a meio por cento. Em contrapartida, continuou sendo negociada por valor 5,9% inferior ao de um ano antes.
Justificando tais desempenhos, a FAO explica que os preços internacionais da carne de frango caíram, “impulsionados por abundantes suprimentos globais, devidos, principalmente às altas disponibilidades de exportação do Brasil, apesar dos contínuos surtos de gripe aviária em outros grandes países produtores”.
Da mesma forma – continua a FAO – “os preços da carne suína caíram, pressionados por cotações mais baixas na União Europeia”. E acrescenta: “embora os preços tenham mostrado sinais de estabilização, eles permaneceram abaixo dos níveis de janeiro (antes do surto de febre aftosa) devido a um superávit causado por restrições comerciais à carne suína alemã”.
Já em relação à carne bovina – que, a despeito de pequenas baixas – segue em alta praticamente contínua desde fevereiro do ano passado, a FAO informa que se valorizou apenas 0,62% no mês, mas agora se encontra quase 11% (10,74%, mais exatamente) acima da cotação de fevereiro do ano passado.
Conforme explicado, as cotações da carne bovina se fortaleceram, impulsionadas – de um lado – pelo aumento dos preços australianos e – de outro lado – por uma forte demanda global, particularmente dos EUA. No entanto, a FAO deixa entrever que o aumento registrado poderia ter sido maior, mas foi parcialmente neutralizado “pelos menores preços da carne bovina brasileira amplamente ofertada no mercado internacional”.
Mesmo sendo comercializadas por valor quase 2% menor que o de janeiro passado, as carnes de frango e bovina brasileiras experimentaram valorização anual de 2,6% e 9%, respectivamente. Já a carne suína alcançou valor perto de 2,5% superior ao de janeiro passado, além de apresentar valorização de mais de 11% sobre fevereiro de 2024.