Além da retomada do BID Pantanal, Fávaro afirmou durante o Congresso Ambiental que o Mapa deve apoiar linhas de crédito de longo prazo e com taxas subsidiadas para a conversão de pastagens.
Durante o II Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas, nesta segunda-feira (22) em Cuiabá (MT), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou a retomada do programa BID Pantanal. Criado em 1995, na gestão do governador Dante de Oliveira, o programa conta com investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para melhorias em várias áreas de saneamento e sustentabilidade na região do Pantanal, e está paralisado desde 2003.
Com recursos do BID da ordem de U$ 1,2 bilhão no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para incentivos às boas práticas agropecuárias, Fávaro consultou o presidente Lula e a instituição para a retomada do BID Pantanal. Após as avaliações, o ministro anunciou o aporte de U$ 400 milhões.
“Precisamos do conjunto de ações da sociedade para revisarmos rapidamente esse projeto para que o lançamento seja o mais rápido possível”, declarou Fávaro.
Além dos estados e municípios da região do Pantanal, os recursos do BID também serão destinados a ações nas regiões Nordeste (U$ 400 milhões) e Norte (U$ 400 milhões).
Fávaro Busca Parcerias De Incentivo à Produtividade Com Redução No Impacto Ambiental
Promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), o II Congresso Ambiental de Tribunais de Contas dos Estados contou com a participação do ministro Carlos Fávaro no debate sobre desenvolvimento com sustentabilidade.
Ele ressaltou que, ao contrário de muitos países do mundo que começam a diminuir a produção de alimentos, o Brasil vai intensificá-la.
“O Brasil produz hoje sobre 49,5 milhões de hectares. A produção total é feita em cima de 77 milhões de hectares, mas é um dos poucos países do mundo que tem duas safras no mesmo ano no mesmo hectare. Podemos dobrar essa área sem desmatar nenhuma árvore, aproveitando pastagens de baixa produtividade, integrando a lavoura e pasto, contribuindo para diminuir a emissão de carbono, lançando mais orgânicos no solo”, detalhou o ministro.
Para incentivo a práticas como essa, além do novo Plano Safra estar totalmente baseado na agricultura de baixo carbono, ancorado no Plano ABC, o Mapa deve apoiar linhas de crédito de longo prazo e com taxas subsidiadas para a conversão de pastagens. “Com isso, vamos intensificar nossa produção e cumprir nossa vocação”, disse.