Comparando a evolução de preços do boi em pé e do frango vivo, analistas de mercado têm observado que a competitividade do frango caiu em relação ao boi.
Efetivamente, ela vem sendo menor que a registrada nos dois primeiros anos de pandemia. Mas ainda é superior à registrada no ano pré-pandemia, 2019. Pois, então, o preço alcançado pelo boi (arroba convertida em quilograma) correspondia a 3,39 kg de frango vivo, volume que subiu para 4,13 kg em 2020, mas retrocedeu para 3,88 kg em 2021 e agora se encontra em 3,67 kg – perto de 8,5% a mais que em 2019.
Situação similar é observada no atacado ao tomar-se como referências o preço do dianteiro bovino e do frango inteiro resfriado. Assim, à cotação alcançada pelo dianteiro bovino, correspondiam 2,13 kg de frango resfriado em 2019, 2,86 kg em 2020, 2,55 kg em 2021 e, agora, 2,48 kg. Em 2022, portanto, 16% a mais de carne de frango que em 2019.
Já no varejo da cidade de São Paulo (dados do Procon-SP), ao preço de 1 (um) quilograma de acém, o consumidor paulistano adquiria, em 2019, cerca de 2,83 kg de frango resfriado. Com a explosão de preços do boi, esse volume subiu para 3,38 kg em 2020 e permaneceu em alta (3,42 kg) em 2021. Neste ano se encontra em 2,98 kg, ou seja, retrocedeu, mas ainda garante ao consumidor um poder de compra mais de 5% superior ao registrado antes do advento da pandemia.