O Brasil vai “exportar” a inflação de alimentos ao menos até 2023, afirma a analista Elizabeth Johnson, da consultoria TS Lombard, em um relatório de pesquisa. Ela lembra que soja, açúcar, café e carnes bovina, suína e de frango são os principais itens de exportação agropecuária do país.
“O aumento dos custos de produção é consequência, em grande parte, da invasão da Ucrânia pela Rússia”, diz. A alta dos fertilizantes é a que tem mais impacto sobre os preços dos alimentos, continua a analista. A Rússia, vale lembrar, é um dos maiores fornecedores globais de adubos nitrogenados, potássicos e fosfatados.
Ainda assim, apesar da escalada de preços dos nutrientes, há perspectiva de forte demanda internacional para adubos, afirma ela.
“A colheita de soja do Brasil em 2021/22 está a caminho de ser a mais cara da história, e na próxima temporada será pior”, diz. Para a analista, os custos devem dobrar em algumas áreas.