A produção de soja em Mato Grosso deve atingir 38,44 milhões de toneladas na temporada 2023/24, informou, nesta segunda-feira (4/3), o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A projeção ficou estável comparada com a de um mês atrás. No entanto, representa uma queda de 15,7% em relação à colheita no Estado em 2022/23.
“Restando pouco menos de 15% das áreas previstas para finalizar a colheita, o rendimento aguardado para os talhões finais ainda está em aberto, cenário que poderá influenciar positivamente a produtividade em Mato Grosso”, disse o Imea, em relatório.
O rendimento das lavouras no Estado foi mantido em 52,81 sacas por hectare, também estável em relação a fevereiro, mas 15,2% inferior ao da última temporada.
“Historicamente, as últimas áreas a serem colhidas no Estado apresentam redução na produtividade. No entanto, nesta temporada, os maiores rendimentos são aguardados para essas áreas, visto que não foram impactadas com a extrema seca registrada no Estado, e consequentemente, na maior parte dos talhões o ciclo da soja não apresentou encurtamento, o que aconteceu nas primeiras áreas colhidas em Mato Grosso”, ressaltou o instituto.
Os produtores de soja de Mato Grosso plantaram 12,13 milhões de hectares com sementes da oelaginosa. a estimativa do Imea também é a mesma de um mês atrás. Em 2022/23, o plantio abrangeu 12,2 milhões de hectares.
Farelo e óleo de soja em baixa
O Imea informou também que o preço do farelo de soja em Mato Grosso teve queda de 0,74%, cotado, em média, a R$ 1.704 a tonelada na última semana. De acordo com o instituto, a comercialização se restringe a poucos volumes, o que indica baixa demanda pelo derivado.
“Além disso, com o cenário baixista nos preços do boi gordo no Estado, os confinadores não têm demandado grandes quantidades de farelo, até o momento”, destacou o Imea, em boletim.
Para o óleo de soja, com a queda na bolsa de Chicago, o preço interno em Mato Grosso recuou 0,64% no comparativo semanal, valendo, em média, R$ 3.900 a tonelada na semana passada. “É importante ressaltar que, mesmo com o aumento da mistura do biodiesel ao diesel, o mercado brasileiro ainda não tem demandado maiores volumes de óleo de soja, principal componente do biodiesel nacional”, disse o Imea.