A JBS destacou a necessidade de transformar os modelos de produção de alimentos em toda a cadeia de valor durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O CEO global da Companhia, Gilberto Tomazoni, participou do painel Strategic Outlook: Responsible Consumption (Perspectivas Estratégicas: Consumo Responsável), realizado nesta terça-feira, em que foram debatidos quais novos modelos de negócios, políticas e incentivos são necessários para promover o consumo de forma responsável e inclusiva para um planeta mais sustentável e pessoas mais saudáveis.
“A humanidade está enfrentando duas emergências. Não desafios. Emergências. E não para o futuro. Elas estão afetando o mundo agora. Nós precisamos enfrentar as mudanças climáticas e alimentar a população mundial. Há soluções para fazer ambos ao mesmo tempo, e a JBS está investindo para implementá-las”, disse Tomazoni durante sua participação. O painel contou ainda com Nicolas Hieronimus, CEO da L’Oréal, J. Michael Evans, presidente do Alibaba Group, e Vivianne Heijnen, ministra do Meio Ambiente da Holanda, com a moderação de Jane Nelson, diretora da Iniciativa de Responsabilidade Corporativa da Harvard Kennedy School of Government.
Como um dos participantes do painel, o CEO Global da JBS destacou o potencial da agropecuária como parte da solução climática. O executivo citou a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que permite ao produtor impulsionar a produção de alimentos em até 40% e, ao mesmo tempo, capturar os gases de efeito estufa da atmosfera. Outro exemplo é a recuperação de pastagens degradadas, que pode aumentar em 10 vezes a produtividade de uma área, além de ampliar a captura de carbono, graças à fotossíntese da pastagem.
As duas soluções estão contempladas no universo de iniciativas que a JBS vem impulsionando para alcançar o seu compromisso Net Zero 2040. De acordo com Tomazoni, o maior desafio da companhia está no gerenciamento das emissões do escopo 3, ou seja, de responsabilidade indireta. Justamente por isso, o trabalho com toda a sua cadeia, como os fornecedores do setor agropecuário, é central. Por meio de 15 Escritórios Verdes espalhados pelo Brasil, entre outros programas, a Companhia tem promovido modelos de produção mais sustentáveis, como esses, oferecendo suporte técnico e facilitando o acesso a crédito aos produtores, para que possam aumentar sua produtividade de forma mais sustentável e livre de desmatamento.
Tomazoni também reforçou o papel que a economia circular tem para o compromisso climático da JBS e para seus negócios. “Na JBS, vemos a economia circular como uma oportunidade de nos tornarmos mais eficientes e rentáveis, além de gerarmos impacto positivo para o planeta. Transformamos o resíduo de um processo produtivo em matéria-prima para um novo produto. Por exemplo, estamos fazendo fertilizante orgânico dessa forma”, ressaltou, lembrando que é um dever de todos impulsionar essa agenda.
Indagado pelo público, Tomazoni falou sobre o desafio de combater o desperdício de alimentos. “Um terço da população mundial não tem acesso à alimentação suficiente e adequada. E um terço da produção mundial de alimentos é desperdiçado. A matemática é simples e não faz sentido que seja assim. Temos de resolver”, destacou.
Durante sua fala, o CEO global da JBS também focou na inovação da Companhia visando entregar produtos mais saudáveis e inclusivos, além de ambientalmente sustentáveis. Exemplo disso é que a empresa criou, em 2018, o Global Innovation Team (GIT), que tem por objetivo promover a trocar de informações entre as áreas de inovação do Grupo no Brasil e no exterior. Foi essa estrutura que ajudou a JBS a se posicionar no mercado de proteína cultivada. Recentemente, a empresa adquiriu o controle da espanhola BioTech Foods e está investindo na construção de seu próprio centro de inovação no Brasil.
Fórum Econômico Mundial
Sob o tema Trabalhando Juntos, Restaurando a Confiança, o evento reúne, de 22 a 26 de maio, lideranças de todo o mundo para discutir a recuperação da pandemia, o combate às mudanças climáticas, a construção de um futuro melhor para o trabalho, a aceleração do capitalismo de stakeholders e o aproveitamento das tecnologias da Quarta Revolução Industrial.