Ao alcançar 124,7 pontos em junho passado, o índice de preços da FAO para as carnes registrou novo recorde pelo segundo mês consecutivo, aumentando 1,68% em relação ao mês anterior e 12,68% em relação a junho de 2021.
Mas se o recorde de maio passado havia sido obtido com a contribuição, apenas, da carne de frango, agora as três carnes registraram aumento mensal: de cerca de meio por cento a carne suína, de 0,60% a bovina e de 4,5% a de frango.
Mais expressivo, porém, é o fato de o preço da carne de frango ter alcançado em junho passado a marca dos 130,39 pontos. Pois isto significou deixar para trás um recorde mantido desde abril de 2013, ocasião em que o preço registrado correspondeu a 129,66 pontos. E isso quer dizer, também, que a carne de frango acabou de alcançar valor apenas 0,56% superior ao de mais de cem meses atrás.
De acordo com a FAO, o novo recorde de preço obtido pela carne de frango decorre de uma apertada oferta global, impactada pela guerra na Ucrânia e pelos surtos de Influenza Aviária no Hemisfério Norte. Já a alta da carne bovina foi influenciada pela suspensão, por parte da China, das restrições impostas ao produto brasileiro. A carne suína, por fim, apresentou ligeira recuperação por conta do aumento das importações por alguns países e apesar da continuidade de baixas compras chinesas.
Ressalte-se (gráfico abaixo) que graças à valorização continua registrada nos últimos quatro meses, a carne de frango volta a apresentar, em relação à carne bovina, quase a mesma paridade de preços registrada no triênio 2014/2016.