O sistema de ordenha pode ser considerado o ‘coração’ das fazendas leiteiras, e, por isso, requer, de tempos em tempos, revisões feitas por especialistas – sobretudo modelos automatizados. Sabendo disso, a Lely, referência em ordenha robotizada, investe na qualificação do time técnico e reforça a importância dessa ação.
O departamento Customer Care da empresa, que envolve o Suporte Técnico de Vendas (TSS – Techinical Sales Support) e o Suporte de Gerenciamento de Fazenda (FMS – Farm Management Support), tem a função de atuar na área técnica de atendimento ao cliente Lely Brasil e América Latina. O gerente do departamento, Daan Stehouwer, explica que os técnicos participam de treinamentos e cursos ministrados na sede da empresa, localizada na Holanda, e são habilitados com certificações para atuarem no campo em diferentes níveis e para formarem outros profissionais que fazem parte dos Lely Centers da América Latina.
“Oferecemos o programa global de treinamento para os técnicos que fazem o atendimento aos Lely Centers do Brasil. Nos últimos dois anos foram emitidos 36 certificados e este número está crescendo exponencialmente. Isso garante uma experiência ainda melhor nos Lely Centers em todo o país, que podem, então, resolver prontamente os problemas e garantir o máximo de tempo de atividade dos robôs”.
E para reforçar este foco em treinamentos de qualidade, Daan comenta que a empresa está investindo em um centro de treinamento dedicado a todos os seus produtos, localizado em Carambeí (PR), com previsão de abertura em meados de 2024.
A importância das revisões
Para contextualizar o funcionamento dos robôs de ordenha e a importância das revisões e manutenções realizadas por profissionais qualificados, o gerente comercial da Lely Brasil, João Vicente Pedreira, explica que os robôs ficam ligados 24 horas por dia e as ordenhas ocorrem ao longo de, pelo menos, 21 horas. “Se houver uma interrupção, isso significa que, a cada hora, deixam de ser ordenhadas de cinco a oito vacas. Dessa forma, o planejamento de manutenção feita pelos técnicos no momento da instalação é de extrema importância”.
Durante a instalação, os especialistas da Lely verificam as questões de estabilidade e qualidade do fornecimento de energia, além das devidas proteções elétricas contra descarga, qualidade da água e aterramento.
Após a instalação, as manutenções preventivas devem ser realizadas a cada quatro meses e garantem que os eventuais chamados de urgência não ocorram, ou sejam mínimos. Cada manutenção segue uma lista de medidas e troca de determinadas peças dos robôs. “Por exemplo, é feita a medição do nível de vácuo, curva de pulsação e a troca de reparos, sempre seguindo uma lista de checagem pré-definida para cada tipo de manutenção. Os técnicos que atuam nessas atividades de instalação, manutenção preventiva e atendimento de urgência, são treinados e certificados pela Lely para realizarem essas atividades”, diz.
“Manter o equipamento em ordem para uso, garante aos produtores os ganhos que almejam no planejamento e gestão do seu negócio, por meio de uma ordenha consistente, produção garantida, vacas mais saudáveis e retorno financeiro assegurado”.
Principais pontos de atenção
Luan Nogueira Moreno, do Suporte de Serviço Técnico da Lely (TSS – Techinical Sales Support), compartilha os principais pontos de atenção que os técnicos analisam no momento das revisões periódicas.
“Uma tarefa recorrente é a verificação do sistema de fornecimento de energia, incluindo baterias e conectores. Garantir uma fonte de energia estável e confiável é essencial para uma operação sem interrupções”.
A limpeza regular de alguns componentes também é necessária, e inclui sensores, filtros e peças mecânicas. Com isso, é possível evitar o acúmulo de sujeira, detritos ou contaminantes.
“Outro ponto é a atualização do software que controla o robô e gerencia os dados, visto que assegura um ótimo desempenho e compatibilidade com novos recursos e melhorias. Assim como a calibração regular do equipamento, como os copos de teteira, medidores de leite e sensores, necessária para manter a precisão nas medições e processos de ordenha”.
O monitoramento e testes regulares de sensores, sistemas de controle e mecanismos de segurança também são fundamentais para detectar qualquer mal funcionamento ou desvio da operação habitual. “O TDS (Teat Detector Sensor) é um sistema essencial na ordenha automática, é o ‘olho’ do robô. Ele atua como um sensor especializado que detecta e localiza o posicionamento correto dos tetos das vacas. Essa informação é fundamental para garantir que as teteiras sejam acopladas corretamente, de forma rápida e precisa. É necessário manter o TDS em bom estado para assegurar uma ordenha eficiente e confortável para os animais”, finaliza.