A marca Munkfors acaba de abrir uma unidade no Brasil, a primeira no continente americano, em uma parceria inédita com a SKG indústria, de origem nacional.
Adiada por conta da pandemia de Covid-19 (investimentos deveriam ter sido iniciados em 2020), a implantação das operações da fabricante sueca terá três etapas e prevê, além da colocação da marca no território nacional e a introdução do processo de produção, a instalação da fábrica em Valinhos (SP). Entre os objetivos está o de atender, além do país, outros mercados da América do Sul com as lâminas para corte em frigoríficos. Toda esta movimentação deve ser concluída a curto e médio prazo, garante o gerente de operações na SKG, Wagner Huber.
“A SKG adquire com a parceria a visão de fabricante ao invés de simples importadora. Essa novidade faz muita diferença para o mercado frigorífico nacional, porque gera competitividade e ainda resolve as questões de custos para quem precisa – ou precisava – importar”, afirma Huber.
Em um primeiro momento do projeto, os itens ainda serão produzidos na Suécia e finalizados na fábrica brasileira. Nacionalmente, as peças serão customizadas conforme o pedido dos clientes, respeitando as necessidades e os interesses de cada um. Aplicações de ligas metálicas e dentições, por exemplo, serão anotadas pelos vendedores e, posteriormente, definidas para a preparação do produto final.
Os produtos comercializados no Brasil prometem ser de alta performance. Alguns modelos de serra fita da Munkfors permitem, na linha para abate por exemplo, até mil cortes de carcaça por dia. Normalmente, uma serra fita corta até 400 ou 500 peças. “Esse salto na capacidade acontece porque as lâminas são de um aço de alta durabilidade e o processo de corte e solda é diferenciado. Isso evita desperdício de tempo com trocas de lâminas e gera economia ao frigorífico com menos gasto com material para cada animal abatido”, explica Huber.
Com o crescimento da marca, a Munkfors projeta, ainda, além de atender ao mercado de carnes, a entrada no segmento madeireiro e metalúrgico. “Nos próximos anos, não vamos apenas ampliar a área física da empresa, mas a área comercial também, serão priorizadas as parcerias com empresas especializadas em cada segmento de atuação nos mesmos moldes adotados pela matriz sueca em sua forma global. É provável que outros países também sejam abastecidos pelo Brasil”, explica o gerente de operações.
Mercado de cutelaria nacional pede novas soluções
O complexo brasileiro de carnes compõe uma das principais cadeias do agronegócio nacional. Os números deixam essa posição muito clara: o setor representa, segundo a Embrapa, 6% do Produto Interno Bruto (PIB) ou 30% do PIB do Agronegócio, movimentando mais de 400 bilhões de reais. E, ainda, de acordo com o IBGE-CNA, o país é o maior exportador mundial de carne de frango e bovina.
Para manter este segmento em papel de destaque é preciso evoluir em diversos aspectos das cadeias que compõem o ramo. Um deles é o setor de cutelaria.
Cutelaria profissional foi a primeira especialidade da SKG, com produtos para corte na indústria frigorífica. Em 2021 solidificou a parceria iniciada em 2020 com a Tramontina, passando a atuar de forma exclusiva com facas da marca, sendo a SKG responsável pelo atendimento técnico, industrial, logístico e comercial para toda a linha de cutelaria profissional destinada ao segmento. Este foco de atuação permitiu à marca Tramontina dobrar em apenas um ano a sua participação de mercado, que segue crescendo em 2022 rumo à liderança deste segmento, que é o objetivo de médio prazo estabelecido entre ambas as empresas.
A SKG apresenta para o mercado, ainda, soluções completas para um resultado eficiente e robusto. É o caso da entrega de máquinas de afiação de facas, uma proposta desenvolvida com parceiros da Datec, com expertise na construção de máquinas e projetos de automação. A Datec, assim como a SKG, também possui suas raízes na cidade de Chapecó (SC).
“Esse know-how foi utilizado para o desenvolvimento de máquinas de afiação de facas, completando o trabalho da SKG”. O portfólio consegue atender pequenos, médios e grandes empreendimentos, oferecendo alternativas mais simples e bem tecnológicas, com opções de capacidade de afiação que partem de 60 facas por hora, em algumas máquinas destinadas a empresas menores, até 360 facas por hora no equipamento de maior porte, além de agregar em uma mesma máquina as atividades de afiação, desbaste e polimento do fio das facas.