Apesar das dificuldades geradas pela tragédia climática que assolou o Rio Grande do Sul no mês de maio, o mercado de genética na pecuária se manteve aquecido neste início de mês. A avaliação é da presidente da Conexão Delta G, Clarissa Peixoto. Para continuar a movimentação no mercado, criadores têm reinventado os formatos de vendas no período, de forma a continuar realizando suas ofertas e movimentando a economia gaúcha.
Titular do Grupo Pitangueira, ela traz o exemplo do próprio criatório, que teve seu leilão cancelado e trabalhou em uma proposta de venda direta, reconhecendo a necessidade de continuar trabalhando, especialmente para fornecer uma genética melhoradora ao setor pecuário. “Dentro do setor da pecuária, era o que nós poderíamos fazer de melhor para seguir fornecendo uma genética melhoradora. Então optamos por fazer uma venda direta, estendemos as parcelas, que antes eram 24 e passamos para 30 parcelas”, conta.
A expectativa era que se levasse dois meses para vender os 54 lotes colocados à disposição, mas, surpreendentemente, a oferta foi vendida em apenas 24 horas. “Das 10h ao meio-dia, nós vendemos 90% da oferta. No decorrer do dia foram vendidos os demais lotes que faltavam. Ficamos muito satisfeitos e já entregamos esses animais com a nossa frota própria é muito gratificante para nós ver que a nossa genética é reconhecida e nós também podermos fazer um pouquinho pelo nossos amigos aqui do Rio Grande do Sul”, ressalta, acrescentando que o valor da primeira parcela de cada lote foi destinado à compra de sementes de arroz para doação na região da Quarta Colônia, uma das mais afetadas pelas enchentes no Estado.
Para Clarissa, esta resposta positiva do mercado sinaliza que os criadores estão ávidos por uma genética melhoradora. A presidente da Conexão Delta G reforça ainda que os remates que virão pela frente deverão ser marcados pela liquidez na oferta.