Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente é de incertezas por conta do embargo às exportações de carne bovina.
A indústria frigorífica exportadora ainda atua de maneira comedida na compra de gado.
Adiamento dos abates, aumento da capacidade ociosa e até mesmo férias coletivas foram expedientes adotados por algumas indústrias em meio a incerteza do retorno da China ao mercado.
Alguns estados ainda convivem com preços mais baixos.
No decorrer da terça-feira, Minas Gerais e Acre tiveram a queda mais destacada das cotações.
Em São Paulo, ainda são evidenciados negócios pontuais acima da referência média.
A favor do pecuarista precisa ser mencionada a boa condição das pastagens, que permite uma maior cadência das negociações.
Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 273.
Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 261, estável.
Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 239, inalterada.
Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 260 por arroba, contra R$ 270.
Boi no atacado
Já no mercado atacadista os preços da carne bovina voltaram a cair.
Conforme Iglesias, o movimento tende a perder intensidade durante a primeira quinzena de março, período que conta com maior apelo ao consumo.
A entrada dos salários na economia será o grande motivador da reposição entre atacado e varejo.
Em relação as proteínas concorrentes a carne de frango ainda é mais competitiva neste momento.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 20,00 por quilo, queda de R$ 0,50.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 14,50 por quilo, queda de R$ 0,50.
Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 15,00 por quilo.