De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias a tendência é de que os preços continuem caindo no curto prazo. Mesmo a demanda doméstica de carne bovina durante o último bimestre parece não ser suficiente para uma agressiva recuperação dos preços.
A mudança da dinâmica de exportação faz a diferença neste momento, com importadores chineses renegociando contratos de maneira mais contundente, tentando reduzir preços em dólar em um momento de forte desvalorização do yuan.
“Os frigoríficos ainda desfrutam de uma posição confortável em suas escalas de abate, encontrando as condições necessárias para manter a pressão sobre os preços junto aos pecuaristas. A incidência de contratos a termo é outro elemento que oferece tranquilidade aos frigoríficos de maior porte”, diz Iglesias.
Dessa maneira, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi ficou em R$ 278. Já em Dourados (MS), a cotação recuou para R$265.
Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT), a arroba de boi gordo finalizou o dia cotada a R$ 252. Simultaneamente, em Uberaba (MG), as cotações ficaram em R$ 275.
Já em Goiânia (GO), a arroba continuou cotada em R$ 257.
Boi: mercado atacadista
Já no atacado, os preços da carne bovina ficaram estáveis.
De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela continuidade deste movimento, considerando a lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. Persiste o
otimismo em torno da demanda no decorrer do último bimestre, período pautado pelo ápice da demanda doméstica.
Então, o quarto dianteiro foi precificado a R$ 16 por quilo. Já a ponta de agulha teve preço de R$ 15,80.
Por fim, o quarto traseiro do boi teve queda e ficou cotado em R$ 21,20 por quilo.