Produtores que integram o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Bovinocultura de Leite atendidos pelo Sindicato Rural de Campo Alegre (SC) participaram, recentemente, de uma missão técnica à Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH), em Curitiba (PR).
O grupo envolveu pecuaristas dos municípios de Campo Alegre, São Bento do Sul, Rio Negrinho e Mafra. Acompanharam a missão os técnicos de campo da ATeG, Sebastião Azevedo Neto (Sindicato Rural de Campo Alegre) e Gabriel Ferreira Train (Sindicato Rural de Itaiópolis), bem como a supervisora técnica do Planalto Norte, Taiane Caroline Plautz Pscheidt.
De acordo com Taiane, o intuito da visita no Laboratório da APCBRH/Parleite – empresa que avalia milhares de amostras mensais de leite – foi despertar a importância para garantir a qualidade do leite ao monitorar os níveis de CCS (contagem de células somáticas), CPP (contagem de placas-padrão), sólidos (gordura, proteína e caseína) e NUL (nitrogênio ureico no leite).
“Além disso, também foi possível avaliar o impacto causado quando há instabilidade nos níveis e padrões de cada amostra de leite e de sua composição, bem como entender o que podemos fazer para evitar possíveis prejuízos, visando garantir a saúde de nossos animais e a entrega de um alimento saudável e duradouro ao consumidor”, ressaltou Taiane.
ATEG LEITE NO ESTADO
A ATeG Pecuária de Leite iniciou em 2016 e, desde então, atendeu mais de 5.200 produtores em 209 municípios catarinenses. Atualmente, são 72 grupos com 2.100 produtores no estado. De acordo com o presidente do Sistema Faesc/Senar-SC e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, o programa é um dos mais bem-sucedidos do agronegócio em todo o país. “As propriedades hoje são exemplos de empreendedorismo, inovação e excelência na gestão e produção. Cada relato de sucesso que ouvimos nos mostra que estamos no caminho certo”.
Para o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, os significativos resultados são realidade porque há um trabalho feito com comprometimento e dedicação por todas as equipes e parceiros envolvidos nos programa. “Com o acompanhamento e as mudanças no gerenciamento dos custos de produção e a análise econômica da propriedade, o produtor implementa melhorias nos manejos, na genética do rebanho, além de adotar novas tecnologias em vários setores da propriedade. Essas mudanças de atitudes geram evolução em todo o sistema de produção e no aumento da renda”.
A coordenadora da ATeG SC, Paula Coimbra Nunes, observa que, com o programa, o produtor explora novas ferramentas que potencializam o crescimento de seus negócios. “São dois anos de acompanhamento para aprimorar as técnicas e o gerenciamento, tornando a produção mais eficiente e lucrativa. As atividades são realizadas com grupos de 25 a 30 produtores organizados de acordo com a atividade produtiva. As Oficinas Técnicas, os Dias de Campo e outras atividades práticas também são essenciais para avaliar os resultados e inspirar os produtores a buscarem inovar cada vez mais”.