Os frigoríficos de bovinos em Mato Grosso diminuíram, em março, a ociosidade de suas plantas em relação a fevereiro. Conforme relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Estado utilizou 54,47% da sua capacidade de abate no mês passado, avanço de 3,66 pontos porcentuais em relação a fevereiro.
Segundo o Imea, um maior abate de vacas contribuiu para este aumento. No total, no mês passado, o Estado abateu 465,02 mil cabeças de gado, ou 16,91% mais ante fevereiro. “Vale destacar que este foi o maior volume observado para o mês de março na série histórica e reforça o cenário de intensificação nos abates esperada para 2023”, observa o Imea. “Para o curto prazo, a maior disponibilidade de animais provenientes da terminação a pasto tende a resultar em maior oferta de bovinos.”
Em relação às exportações de carne bovina mato-grossenses, o Imea cita que nem mesmo a suspensão temporária das compras da China – por causa do registro, no Brasil, de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou “mal da vaca louca” – reduziu as vendas externas do Estado. “Os embarques figuraram entre os maiores para um mês de março”, destaca o Imea, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
As exportações de Mato Grosso de carne bovina em março somaram 41,41 mil toneladas em equivalente-carcaça (TEC), queda de 3,5% ante fevereiro. Em receita, o Estado faturou US$ 150,66 milhões, queda de 4,22% em março ante fevereiro. “Mediante o exposto, é possível perceber que, apesar de a China ter reduzido em 28,89% o volume importado de carne de Mato Grosso, os embarques externos mantiveram-se sustentados pelos demais países”, diz o Imea, acrescentando que, no mês passado, a quantidade de carne bovina produzida para exportação em Mato Grosso ficou 10,44% acima da média para o período nos últimos cinco anos.