O mercado físico de boi registrou preços estáveis nesta quarta-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda operam com escalas de abate relativamente confortáveis, atendendo entre cinco e sete dias úteis em média.
“O potencial avanço da oferta de animais de safra tende a gerar um momento de pressão de queda durante o segundo trimestre, movimento que deverá ser mais intenso nas regiões do país em que as exportações não são tão relevantes”, assinalou Iglesias.
Enquanto isso, o diferencial na formação de receitas entre frigoríficos exportadores e frigoríficos que operam apenas no mercado interno segue acentuado, com os frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico encontrando dificuldades em repassar o adicional de custos da matéria-prima ao longo da cadeia produtiva. O movimento cambial ainda é um fator determinante no comportamento dos frigoríficos na compra de gado quando se trata das negociações envolvendo animais padrão China.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 348 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 311. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 316. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320 por arroba. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 330 para a arroba do boi gordo.
Atacado
No mercado atacadista, o dia foi de preços inalterados. O ambiente de negócios ainda sugere pela queda das cotações no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. Além disso, o padrão de consumo delimitado para 2022 ainda sugere pela preferência por proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e dos ovos.
O quarto dianteiro apresentou queda de R$ 0,50, precificado a R$ 16,50 por quilo. O quarto traseiro foi cotado a R$ 24,00 por quilo, queda de R$ 0,20. A ponta de agulha cedeu ao patamar de R$ 15,50 por quilo, queda de R$ 0,50.