Na carne bovina, o destaque vai para a queda dos preços observada no atacado, o que afasta a indústria da compra de gado, segundo a consultoria
O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais baixos nesta segunda-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, novamente os frigoríficos fizeram tentativas de compra abaixo da referência média.
“Entretanto, em boa parte dos estados há sinais de acomodação, com os frigoríficos reabrindo preços no mesmo patamar da semana passada. As escalas de abate apresentam uma posição mais confortável, que atendem entre seis e sete dias úteis em média. A queda dos preços da carne bovina no atacado é um elemento importante para justificar a falta de ímpeto dos frigoríficos na compra de gado. Já a oferta limitada ainda é o grande elemento de sustentação dos preços do boi gordo daqui até o final do ano”, assinalou Iglesias.
Em relação à China, o mercado segue sem grandes novidades, com nova produção de carne bovina destinada ao mercado chinês ainda suspensa.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 310 – R$ 311 na modalidade à prazo, ante R$ 311 a arroba na sexta-feira. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 296, contra R$ 300. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 291, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 312 por arroba, contra R$ 320.
Atacado
Os preços da carne bovina voltaram a cair no atacado. A queda dos preços das proteínas concorrentes é outro elemento de alerta, que pode fazer com que a carne bovina acabe perdendo competitividade. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 14,10 por quilo, queda de R$ 0,40. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,40 por quilo, queda de R$ 0,40. O quarto traseiro permanece cotado a R$ 22,25, por quilo.