Encerramos as visitas do Confina Brasil em Mato Grosso na região de Matupá, no dia 10/08. Para o dia seguinte o clima era de apreensão, pois íamos cruzar um grande trecho de estrada de terra até a afamada balsa do Rio Xingu, no território da tribo Capoto. Apesar de desafiadora, vencemos os mais de 300km de estrada de terra com tranquilidade, chegamos ao grande rio e fomos muito bem recebidos pelos indígenas.
Chegamos ao Pará, estado com o quarto maior rebanho do país, cerca de 20,8 milhões de cabeças de bovinos e, aproximadamente, 17,5 milhões de hectares de pastagem. Destaque para São Felix do Xingú, município com o maior rebanho do país, com cerca de 2,2 milhões de cabeças.
Apesar de ser um estado com alto potencial produtivo, os pioneiros enfrentam estradas em péssimas condições há anos, mas isso não desanima os novos investidores, que chegam ao estado movimentando ainda mais a economia. De qualquer forma, os relatos são positivos, pois a melhora, mesmo que lenta, está acontecendo.
Nas regiões visitadas percebemos a expansão dos confinamentos. Aparentemente, para os pecuaristas do Pará, já está claro que o caminho para eficiência é a aplicação de tecnologia e intensificação. Dos grandes aos pequenos grupos é evidente a preocupação com o resultado, fator associado diretamente à expansão da agricultura.
Conhecemos plantas de confinamento estratégicas e sistemas de parcerias, e a qualidade do gado nos chamou bastante a atenção, tanto para os animais da raça nelore, predominante no estado, quanto nos cruzamentos industriais, no qual a raça angus agrega precocidade, qualidade de carne e a possibilidade de bonificação para os produtores.
Na região de Xinguara, capital do boi gordo, fica evidente a importância da pecuária para a sociedade local. As fazendas, os frigoríficos, as casas agropecuárias, geram riquezas, e, além disso, promovem milhares de empregos, trazendo crescimento e prosperidade para a região.
Em setembro iniciamos a terceira e última rota do Confina Brasil. Estaremos em dois dos estados da fronteira agrícola denominada MATOPIBA, região formada por áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, e também no norte de Minas Gerais, Espirito Santo e Rio de Janeiro.