Economista Alessandro Azzoni traça cenário desafiador, porém com algum traço de otimismo
Para o economista e advogado Alessandro Azzoni, traçar um cenário para 2022 não é uma tarefa fácil, porém é possível levar em conta algumas variantes. Por exemplo: as empresas, especialmente as grandes do varejo, estão capitalizadas. “Devem investir em expansão, independente do cenário econômico, o que gera emprego e ajuda a aquecer a economia”, afirma. Mas pondera: “Se a taxa de câmbio ficasse em um nível abaixo de 5, seria muito mais favorável”.
Levando em conta o retrospecto de 2021, Azzoni ainda prevê que o crescimento econômico, embora não seja muito significativo, deve registrar um aumento de 2,5% do PIB. “Já é um cenário positivo”, avalia.
Em 2021, a inflação foi de fato um dos principais fatores a impactar o orçamento das famílias e a reduzir o consumo de produtos não-essenciais. “Em primeiro lugar, porque houve o encarecimento dos alimentos. Em segundo, houve um grande aumento da energia elétrica: antes, essa conta representava de 10% a 15% do orçamento doméstico; hoje, corrói até 30-35%”, diz.
O nível de endividamento das famílias é outro dado preocupante, e que deve impactar os resultados de 2022, já que mesmo com o fim das restrições sanitárias, a população agora está mais endividada e com menos renda para gastar. “O último relatório do Banco Central revela que mais de 70% da população está endividada”, aponta Azzoni. “Durante a pandemia, as famílias buscaram manter suas contas em dia por meio do endividamento, através de crédito pré-aprovado, limite de cheque especial e cartão de crédito”, concluiu.
Fonte:
Alessandro Azzoni, advogado e economista, especialista em Direito Ambiental, com atuação nas áreas Civil, Trabalhista e Tributária. É mestre em Direito pela Universidade Nove de Julho, especializado em Direito Ambiental Empresarial pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Graduado em direito pela FMU. Bacharel em Ciências Econômicas pela FMU. Professor de Direito na Universidade Nove de Julho (Uninove). Conselheiro Deliberativo da Associação Comercial de São Paulo (ACSP); coordenador do Núcleo de Estudos Socioambientais da ACSP; conselheiro-membro do Conselho de Política Urbana da ACSP; Membro da Comissão de Direito Ambiental OAB/SP