“A semana encerrou com o mercado se mantendo estável, porém, com tendência de alta para os próximos dias”, afirmou a Scot Consultoria em boletim. Apesar do ciclo ainda considerado de alta disponibilidade de gado na pecuária, a oferta vai diminuindo aos poucos nas principais regiões de produção no país.
Segundo a Scot, frigoríficos que operam com contratos a termo trabalham com escalas confortáveis. No entanto, os demais já enfrentam dificuldades para encontrar animais prontos para abate, com a ponta vendedora retendo a boiada à espera de melhores condições de negociação.
Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), considerados referência pela Scot para o Estado, o preço bruto do boi gordo está cotado em R$ 235 por arroba a prazo.
Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) também disseram que nota que a baixa disponibilidade de animais tem feito com que frigoríficos ajustem os valores de compra conforme a necessidade de completar uma ou outra escala de abate.
Carne
As vendas de carne bovina no mercado externo estão aquecidas, enquanto o atacado doméstico apresentou sinais de desaceleração desde o começo da semana.
“A redução nas vendas e na demanda por reposição de estoques, junto com o acúmulo de mercadorias nos pontos de distribuição, sinaliza uma baixa movimentação no setor”, disse a Agrifatto em nota.
Com o mercado em ritmo lento, a consultoria disse que é provável que essa tendência de enfraquecimento permaneça até o final do mês.
Mas apesar de toda essa dificuldade de comercialização no mercado interno, a carcaça do boi castrado continuou cotada a R$ 15,80 por quilo, apontando estabilidade na quinta-feira (22/8), comparativo diário.