No mercado do boi, os pecuaristas seguem adotando uma postura retraída nas negociações, mantendo assim a oferta do boi gordo restrita
O mercado físico do boi voltou a apresentar preços firmes nesta quarta-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, os pecuaristas seguem adotando uma postura retraída nas negociações, mantendo assim a oferta do boi gordo restrita, avaliando que os preços podem avançar no curto prazo, uma vez que a China reabriu suas portas para a carne brasileira.
“Além disso, no curto prazo é esperado redução da oferta, com parte dos pecuaristas se ausentando das negociações devido ao período de festas”, assinalou maia.
Em São Paulo, os frigoríficos avançaram os preços de compra e com isso conseguiram em sua maioria alongar a escala de abates para a primeira semana de janeiro, outro elemento que deve levar a um quadro de negócios arrastado nos próximos dias. “As expectativas passam agora para a estratégia do pecuarista na retenção do boi no pasto em janeiro”, destacou o analista.
Na capital paulista os preços seguiram firmes no decorrer do dia. Os frigoríficos estão elevando os preços de compra e conseguindo alongar a escala de abate. No interior do estado, registro de negócios entre R$ 325/330/@ a prazo, dependendo do padrão e qualidade dos animais.
Em Minas Gerais o mercado também está firme com indicações próximas ao registrado no mercado paulista. No triângulo mineiro indicação de negócios em até R$ 330/@ a prazo. Em Goiás os preços seguiram estáveis no decorrer do dia. Em Goiânia, o boi gordo ficou posicionado em R$ 315/@ a prazo.
Em Mato Grosso do Sul, preços inalterados no dia. Na região de Campo Grande e de Dourados o boi gordo segue negociado a R$ 320/@ a prazo. Em Mato Grosso as cotações seguem firmes. Na região de Cuiabá a arroba ficou em R$ 300, à vista.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina continuam subindo. “Uma boa demanda para os cortes bovinos deve ser registrada no curto prazo, com as festividades de fim de ano e a capitalização do consumidor após a entrada recente do décimo terceiro na economia. Um ponto que vale atenção é que os repasses na ponta final se tornam cada vez mais difíceis, considerando que a carne bovina no varejo está em patamar elevado, podendo levar parte da população a optar por produtos substitutos que pesem menos sobre sua renda”, assinalou o analista.
O quarto traseiro foi cotado a R$ 23,00 por quilo. O quarto dianteiro ficou posicionado em R$ 14,30 por quilo e a ponta de agulha ficou em R$ 13,70.