A sustentabilidade está abrindo oportunidades para os mais diversos profissionais no agronegócio, tanto para aqueles já envolvidos no setor quanto para os que estão em transição de carreira. Para trazer uma capacitação completa e de qualidade, a PRETATERRA, iniciativa que se dedica à disseminação de sistemas agroflorestais pelo mundo, desenvolveu o PRETATERRA Academy, um ecossistema de conhecimento focado na educação e na capacitação dos profissionais agroflorestais do futuro.
O projeto capacitará os profissionais de todas as áreas para o trabalho no sistema agroflorestal, tornando o agronegócio cada vez mais sustentável. A meta é ampliar ainda mais o impacto positivo que esses sistemas causam no meio ambiente e nos meios de subsistência das pessoas, desde a agricultura familiar em pequenas propriedades, até as fazendas de grandes produtores do agronegócio.
Valter Ziantoni, engenheiro florestal com especialização em Gerenciamento pela FGV, especialista florestal da UNDP/ONU, mestre em Agrofloresta pela Bangor University e fundador da PRETATERRA, explica que os workshops e treinamentos sempre foram uma grande prioridade para a PRETATERRA.
“A educação é a resposta para tornar realidade nosso sonho de levar agroflorestal para todos e em todas as partes. Por isso, a capacitação de pessoas sempre esteve no centro de nossas ações e o Academy vem ao encontro dessa demanda”, cita Ziantoni. “Vamos capacitar pessoas e promover sua autonomia intelectual e profissional através do conhecimento sistêmico e da inteligência regenerativa. É uma honra poder estimular os indivíduos a encontrarem sua verdadeira vocação e formar os profissionais necessários para criar uma nova agricultura, resiliente e regenerativa”, relata.
Segundo ele, a jornada online de formação técnica é progressiva e composta por quatro estágios polivalentes: PIONEER, INTERMEDIATE, CLIMAX e PROPAGATION; sendo cada fase, pré-requisito para a próxima. A cada estágio concluído, o aluno recebe um certificado e um badge, sistema mais moderno de certificação profissional por medalhas digitais, reconhecido internacionalmente. Após completar os quatro estágios, ele se formará técnico multiplicador agroflorestal, certificado pela PRETATERRA em vasta amplitude, do campo à academia, estando capacitado, ainda, a ‘pilotar’ os mais modernos softwares existentes para o planejamento de designs agroflorestais e a modelar sistemas com o mais robusto planejamento técnico-econômico.
A inovação do agronegócio sustentável
O Brasil é o país com maior potencial no mundo para exercer um papel ativo e ser protagonista na mitigação das mudanças climáticas. Esse caminho passa obrigatoriamente pela revisão dos modos de produção do alimento.
A agrofloresta combina soluções ancestrais com conhecimento atual, gerando resiliência social, ambiental e econômica. Protege e recupera o solo e as nascentes, aumenta a biodiversidade e a conectividade na paisagem, produz alimentos altamente nutritivos, sequestra carbono da atmosfera, gera inúmeros serviços ambientais e colabora para a soberania alimentar. Se a agrofloresta é uma solução tão boa, porque é que não ganha escala e não se torna a norma para a agricultura brasileira e mundial?
Na realidade, faltam profissionais capacitados para pensar, criar, implantar, manejar e replicar sistemas produtivos biodiversos. Mas qualquer pessoa pode atuar no sistema?
A resposta é muito objetiva: sim. O sistema agroflorestal pode, e deve, ser adaptado às mais diversas categorias do agronegócio. De acordo com Paula Costa, engenheira florestal com especialização em Gerenciamento Ambiental pela ESALQ – USP, Bióloga pela UNESP e fundadora da PRETATERRA, os profissionais rurais estarão cada vez mais inseridos em um mundo globalizado e preocupados com os recursos naturais e com as pessoas, numa agricultura pujante e tecnológica.
“Para continuar acontecendo, o desenvolvimento rural precisa de trabalhadores que saibam, além de melhorar a produtividade, lidar com a biodiversidade, o mercado de carbono, os serviços ambientais e o desenvolvimento socioambiental. Entender e contabilizar as externalidades, ou seja, os efeitos sociais, econômicos e ambientais indiretamente causados pela prática agrícola, também são essenciais para a sustentabilidade e resiliência da agricultura do futuro”, afirma Paula.
Paula explica ainda que há um espaço crescente para a gestão da propriedade rural como um negócio regenerativo lucrativo, por meio do empreendedorismo. “As oportunidades vão desde o gerenciamento dos recursos naturais, o mercado de carbono e de serviços ecossistêmicos, até o aperfeiçoamento do processamento pós-colheita, que agrega valor à produção. Sem falar no turismo rural, que vem crescendo muito nos últimos anos, especialmente devido à pandemia do COVID-19. Temos um potencial enorme que precisa ser desenvolvido e que necessita de profissionais altamente preparados”, complementa.
Plataforma exclusiva e créditos de CO2
Todos os alunos da PRETATERRA Academy terão acesso a uma plataforma exclusiva logo após o primeiro módulo PIONEER. Será um local para conexão profissional, novidades do setor e a partir de onde ele terá acesso à sua carteira de carbono e outros recursos.
Ao concluir cada curso, o estudante receberá o equivalente a compensação de 7 dias das suas emissões de CO2 em créditos validados no mercado, intercambiáveis e comercializáveis, que vão direto para sua carteira pessoal. Com isso, inicia-se uma jornada no mundo dos investimentos regenerativos, com uma poupança em créditos de carbono certificados pela VERRA e válidos internacionalmente.
Para se inscrever nos cursos da PRETATERRA ACADEMY acesse: www.pretaterra.academy