Após um primeiro semestre desafiador, a produção de leite no Brasil está prestes a entrar em um período de recuperação. Tradicionalmente, o segundo semestre é um momento favorável para os produtores de leite, graças à melhoria na qualidade da forragem e da alimentação disponibilizada ao gado leiteiro.
A expectativa é que esses fatores sejam decisivos para o aumento da produção de leite no país. Com a chegada do período de pastagem mais nutritiva, os produtores podem contar com uma alimentação mais balanceada e de melhor qualidade para os animais, o que contribui diretamente para o aumento da produtividade e da qualidade do leite.
“O segundo semestre é sempre um período de grande expectativa para os produtores de leite. A qualidade da forragem disponível é significativamente melhor, o que, aliado a soluções voltadas para a nutrição animal, ajuda a melhorar ainda mais a qualidade do leite produzido”, afirma o analista técnico da Quimtia Brasil, empresa especializada na produção de insumos para nutrição animal, o zootecnista Roger Barros.
A perspectiva de melhora vem como um alívio para muitos produtores que enfrentaram um início de ano desafiador. A combinação de preços elevados dos insumos, queda na produtividade e a forte concorrência com o leite importado da Argentina e Uruguai, alcançando aproximadamente 2,25 bilhões de litros em 2023, um aumento de 68,8% em relação a 2022. Essa é a maior quantidade importada nos últimos 23 anos. pressionou o setor.
No entanto, segundo o especialista, a melhora na alimentação do gado e as estratégias nutricionais específicas prometem reverter esse cenário, trazendo otimismo para o mercado de leite no Brasil.
“Com a previsão de aumento na produção e na qualidade do leite, os consumidores também podem esperar um produto final superior, refletindo os esforços dos produtores em buscar alternativas para melhorar a nutrição dos animais e, consequentemente, a produção leiteira”, finaliza Roger Barros.