Federação catarinense cita aumento da proteção sanitária e classifica como progresso nacional o status sanitário concedido ao Paraná, ao Rio Grande Sul e outros quatro Estados.
Os Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Acre, além de duas regiões do Amazonas e do Mato Grosso, foram informados nesta semana pelo Governo Federal que estão mais próximos de alcançar o status sanitário conquistado por Santa Catarina há 13 anos: o reconhecimento internacional de área livre da febre aftosa sem vacinação. Em setembro do ano passado, as Federações conquistaram o reconhecimento nacional pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e agora receberam a informação de parecer favorável da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O anúncio foi feito pela ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) ao informar que o parecer será avaliado durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE em maio. O Paraná também recebeu parecer favorável como zona livre de peste suína clássica independente. Os selos ampliam a comercialização para o mercado externo.
Na avaliação da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), o reconhecimento de novas áreas livres é um avanço do agronegócio brasileiro e a certificação dos Estados vizinhos amplia a proteção sanitária catarinense. De acordo com o presidente José Zeferino Pedrozo, há 20 anos como única área livre sem vacinação no País e há 13 com status internacional, Santa Catarina consolidou mercado e ampliou as exportações, meta também almejada pelos demais Estados.
“A febre aftosa é a doença mais temida do setor no mundo e o Brasil tem como meta erradicá-la definitivamente em todo seu território. Por isso, o reconhecimento alcançado pelos novos Estados é um avanço porque ampliará as áreas protegidas, além do mercado. As empresas frigoríficas exportadoras atuam em todo o Brasil, não só em Santa Catarina e, por isso, contarmos com mais frigoríficos aptos para exportação é importante para o setor no País, diante da demanda crescente por proteína animal no mundo”.
Técnicos e especialistas do setor apontam que a retirada da vacinação tem potencial de abrir mercados como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas, China (carne com osso) e Canadá. No setor dos suínos, a expectativa é de que haja um potencial incremento nas exportações em cerca de R$ 600 milhões anuais.