Promovida pela Biogénesis Bagó, iniciativa apresenta novas tecnologias aos profissionais do setor
A edição especial do Reprozuz +, realizado pela Biogénesis Bagó nesse mês de outubro, reuniu mais de 1200 pessoas, entre médicos-veterinários, técnicos, pecuaristas e outros profissionais do setor vindos do Brasil, Estados Unidos, Europa e América Latina, interessados em tecnologia focada em reprodução bovina. O grupo de estudos foi conduzido por especialistas renomados internacionalmente no tema, com mais de 8 horas de conteúdo e transmissão online e gratuita.
Os conteúdos do primeiro dia de evento contaram com os conhecimentos do médico-veterinário Cesar Franzon (Terra Desenvolvimento Agropecuário) e Fabiano Tito Rosa (Diretor de Originação e Eficiência Operacional na Minerva Foods), que abordaram a importância da recria e da relação de troca no contexto atual da pecuária, os índices zootécnicos e a influência do valor da arroba nas decisões a serem tomadas no ciclo pecuário.
A importância da sanidade no processo de cria foi exemplificada pelo Dr. José Zambrano (Reahgro) e a Dra. Roberta M. Ferreira Saran. Zambrano apontou os prejuízos e as perdas provocados pelas enfermidades reprodutivas, entre elas a Brucelose, a IBR-BVD e a Leptospirose. Já a Dra. Roberta exibiu as ferramentas para evitar estes prejuízos como as vacinas reprodutivas e o uso de minerais e vitaminas injetáveis como suplementação na estação de monta para melhorar os índices da estação.
O papel da nutrição na reprodução e as melhores estratégias para evitar que animais percam peso ao entrar na estação de monta, além do melhor período para realizar a suplementação, foram discutidos pelo Dr. Gustavo Rezende Siqueira (Apta Colina e UNESP Jaboticabal) e por Fernando Flores (FFLores Consultoria Rural).
O Prof. Dr. Marcelo Seneda (REPROA e UEL) e o médico-veterinário Emerson Rodel (RW Assistência Veterinária) apresentaram estratégias para a estação de monta. Entre elas como implementar o uso da TETF durante o período e obter resultados significativos no ganho genético, tanto das fêmeas quanto dos machos. Abordaram ainda o uso de sêmen resfriado como estratégia para avaliação de tourinhos e como utilizar de forma mais eficaz os reprodutores da fazenda.
A importância da IATF
O segundo dia do evento focou na utilização de IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), com a participação do Prof. Dr. Pietro S. Baruselli (FMVZ/USP), que falou sobre a atualização de protocolos de IATF em novilhas de corte e demonstrou que a IATF é sinônimo de ganho genético, eficiência reprodutiva e retorno econômico. O assunto foi complementado pelo Prof. Dr. Flávio Dutra de Resende (APTA Colina/UNESP Jaboticabal), com a apresentação “Precocinha que não emprenha, pode virar carne de qualidade?”, que mostra como a nutrição é importante para cunhar um bom animal, já que, mesmo com a utilização da técnica de IATF, essa fêmea pode não emprenhar.
O evento contou ainda com a participação do Prof. Dr. Roberto Sartori Filho (ESALQ/USP), que detalhou o custo-benefício de buscar um protocolo de IATF otimizado e que tem o melhor retorno econômico para o produtor e para os técnicos que estão envolvidos no processo. E o consultor Bruno Brangel, que complementou a discussão explicando o uso desses protocolos em fazendas comerciais.
O Prof. Dr. Ed Hoffman Madureira (UFMZ/USP) destacou a importância da escolha do dispositivo de progesterona nos protocolos de IATF e lembrou que no Brasil há uma gama de produtos à disposição, eficientes e de boa qualidade. Segundo ele, a pergunta não é mais que protocolo deve-se utilizar, mas como é preciso manejar os animais para que eles respondam melhor aos protocolos disponíveis. Quem completou a ideia foi
Carlos Godoy, gerente de Mkt da Biogénesis Bagó; o presidente da ASBIA, Marcio Nery e o presidente da Biogénesis Bagó Brasil
João Abdon dos Santos (JA Reprogen BA) mostrando as características e as vantagens de cada tipo de dispositivo de progesterona, o monodose e o multiuso, no manejo de IATF em fazendas de corte.
O presidente da ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), Márcio Nery, comentou a conexão do mercado de genética, utilizando o index ASBIA, com a IATF. Ele ressaltou ainda que no futuro está a intensificação do uso do sêmen sexado nos rebanhos leiteiros, popularmente conhecido como o uso do ‘corte no leite’, que já representa o maior crescimento nas vendas na Europa, Estados Unidos e Austrália.
Marcelo Bulman, da Biogénesis Bagó, prof. Dr. Ed Hoffman e João Abdon dos Santos
Plano estratégico e novidades 2022
Marcelo Bulman, presidente da Biogénesis Bagó no Brasil encerrou o evento contextualizando a pecuária no Brasil e na América Latina, e sinalizando os desafios e oportunidades do mercado até 2050, quando a demanda por alimento deverá crescer até 100% e desse total, 70% virá de melhorias tecnológicas. “O grande desafio, não só da indústria, mas de todos os elos da cadeia produtiva, estejam eles nos setores privado ou público, é ‘inovar, não somente em Ciência e Tecnologia, mas na difusão de conhecimento e na sua comunicação”, detalha.
Ele acrescenta que, durante o Reproduz+ a Biogénesis Bagó conseguiu avançar nessa missão, trazendo profissionais de altíssimo nível e reconhecimento internacional no que concerne à reprodução bovina. “Dentro do nosso planejamento estratégico iniciado em 2018, tínhamos como objetivo estar entre as principais empresas veterinários do país e já alcançamos essa meta. Isso graças à parceria com mais de 1200 pontos de venda direta em mais de três mil municípios brasileiros”.
Finalizando, Bulman falou ainda sobre um novo plano estratégico 2022-2026, que vem sendo desenhado e que, entre as várias novidades, está uma ferramenta inovadora e “disruptiva” para os segmento, que chegará nos primeiros meses de 2022 e ressalta que “a estratégia não está somente em trazer novos produtos, mas trazer soluções para cada pecuarista poder trabalhar e exercer sua profissão em busca de melhorar a produtividade nacional”.