1Anne Dallabrida; 2Glenda Evaristo
O agronegócio tem importância mundial, fornecendo alimentos e contribuindo significativamente para a economia. Confirmando o protagonismo do agronegócio na economia brasileira, dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP) em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio brasileiro, alcançou a participação de 20,5% e 26,6% no PIB total nacional em 2019 e 2020, respectivamente. Em valores monetários, o PIB brasileiro totalizou R$ 7,45 trilhões em 2020, e o PIB do Agronegócio perfez R$ 2 trilhões (Superintendência técnica da CNA e Cepea).
O PIB do agronegócio deve crescer 9,37% no fechamento de 2021 e até 5% em 2022, segundo projeção da CNA A menor alta do setor próximo ano deve ser influenciada pela expectativa de um desempenho ainda fraco da economia em 2022..
Além disso, estimativas dos pesquisadores do Cepea/CNA ditam que a participação do Agronegócio no PIB total de 2021 deva ser 30%, aproximadamente (Cepea/CNA).
Devido essa essencialidade do agronegócio, há necessidade em manter os sistemas que o compõem cada vez mais produtivos, mas, sem abrir novas áreas. No entanto, essa verticalização do sistema, com a intensificação e o incremento no rendimento da pecuária nacional, ocorre de maneira vagarosa. Um dos grandes entraves relacionados a isso está pautado nas extensas áreas com pastagens degradadas.
A presença de pastagens degradadas é particularmente comum em áreas de fronteira agrícola do país, como as regiões Norte e Centro-Oeste. Nesses locais, esse fenômeno está diretamente associado à baixa produtividade da pecuária e ao aumento do desmatamento. Diversas fontes indicam que, dos 172 milhões de hectares de pastagens no Brasil, mais de 60% estão em algum estágio de degradação. Nas áreas de Cerrado, que respondem por 60% da produção de carne do país, cerca de 80% dos 45-50 milhões de hectares com pastagens cultivadas apresentam algum grau de degradação (Nogueira, 201-?).
Autoras
1Anne Dallabrida é engenheira agrônoma, mestre e doutora em agricultura tropical e coordenadora de pesquisa e desenvolvimento do projeto “Juntas pela Pastagem”;
2Glenda Evaristo é zootecnista, especialista em pastagem e gerente comercial.
Para ler o artigo completo acesse a Revista do PecSite na página 30, clicando abaixo.