O momento é propício para o desenvolvimento do setor de bovinocultura de corte — a crescente demanda mundial por carne é fator importante que justifica um incremento de produção e de exportação da carne brasileira.
Para aproveitar esta oportunidade de forma mais eficiente e lucrativa, o sistema de confinamento se apresenta como uma boa alternativa. Como um dos principais atores deste mercado, o Brasil tem hoje cerca de 6,5 milhões de cabeças de gado sob este sistema, sendo as regiões sudeste e centro-oeste as de maiores concentrações.
De acordo com o último levantamento do Serviço de Informação de Mercado (SIM), da DSM, o número (referente a 2021) representa um crescimento de 2% em relação ao ano anterior.
Ainda que esta modalidade se mostre como uma boa opção para incrementar a produção, é necessário considerar os desafios inerentes ao aumento da concentração de animais e principalmente à sanidade. Fatores como: transporte, aglomeração, mudança de ambiente, alteração de dieta e poeira causam estresse nos animais, reduzem a imunidade e tornam o ambiente propício ao aparecimento de doenças virais e bacterianas.
Por isso, planejamento adequado nessa fase de terminação, que corresponde a um período de três a quatro meses, é a principal orientação para quem deseja alcançar bons resultados. “E isso envolve três grandes pilares — sanidade, performance e manejo”, diz o Eng. Agrônomo especializado em Produção Animal Marcos de Bem, Gerente de Produtos da Zoetis.
“É sabido que o custo operacional com sanidade hoje representa menos de 1% do custo total por cada animal. No entanto, problemas como doenças respiratórias, verminoses ou de cascos podem gerar grandes prejuízos no confinamento, já que causam perda de desempenho pelos animais”, explica de Bem.
Em um mercado cada vez mais exigente e de margens estreitas é inaceitável que tenhamos esses tipos de perda. Por isso, é necessária a adoção de protocolos sanitários com produtos que atendam a todos esses desafios. “Quando falamos em sanidade, nossa atenção está voltada para a prevenção e tratamento de doenças respiratórias, vermifugação, prevenção clostridial, tratamento de cascos e sodomia e acabamento da carcaça. O primeiro pilar, a performance, está diretamente relacionado à seleção de animais geneticamente superiores, ao cuidado com a nutrição, principalmente ligados a qualidade da matéria prima, balanceamento e utilização de Ionóforos eficientes e seguros e à suplementação vitamínica. E por último, mas não menos importante vem o manejo, que engloba um calendário sanitário completo, um protocolo terapêutico e o treinamento da mão de obra. Todos esses elementos são fundamentais para a obtenção de um sistema de confinamento lucrativo”, finaliza o especialista.